Que curioso... El Tecla!
Semana de júbilo para o nosso avançado, e se queremos contar algumas curiosidades sobre este menino há que aproveitar estas oportunidades já que rareiam tanto!
Contudo, o passado recente deste jogador não fazia prever um insucesso ou descontentamento tão grande nos adeptos portistas, ele tem, talvez, mais créditos firmados na Argentina que o próprio Lisandro, mas parece que a raça tão característica daquele país não atinge todos da mesma forma.Vamos começar por aquelas curiosidades que só o Hélder Conduto sabe: Ernesto António Farías nasceu a 29 de Maio de 1980 em Trenque Lauquen, pequena cidade de 40.000 habitantes a 400 km de Buenos Aires, e estreou-se no Torneo Clausura pelos Estudiantes de La Plata a 10 de Maio de 1998, ou seja, prestes a completar 18 anos. O ponto alto aconteceria no Torneo Apertura de 2003 quando se consagrou o máximo goleador com 12 golos, as boas prestações levaram-no para Itália – Palermo – em 2004, quando já contava com 95 golos ao serviço daquele clube argentino.
A primeira experiência na Europa revelou-se um desastre (a segunda também não está a ser muito melhor), só marcou dois golos para a Taça de Itália e estava completamente tapado por – imaginem só – Luca Toni que nesse ano marcou 20 golos (Mariano González também estava no Palermo mas acho que esse não lhe fez muita frente). No início de 2005 regressa à Argentina para jogar no River Plate e a 28.02.2005 (quase a fazer 4 anos), logo na 3ª jornada já tinha 3 golos e com isso fazia o 100º golo como profissional no empate entre River e Lanús a 3 bolas. Acabaria por marcar mais 46 golos ao serviço do River até meados de 2007. Tudo somado, é o terceiro maior goleador dos torneios argentinos atrás de Martín Palermo e José Luís Calderón. Nota de destaque, ainda, para o campeonato sul-americano de sub-20 que conquistou em 1999 ao lado de jogadores como Milito, Duscher, Cambiasso e... Aimar.
A transferência para o FC Porto não foi pacífica, em Junho de 2007 afirma que vai deixar o River apesar de Passarela o considerar fundamental na equipa, e é apresentado no Toluca do México onde encontra Jose Pekerman. Contudo, no início de Julho, com base numa ‘suposta’ doença da mulher que não se adaptou à altitude da cidade mexicana volta ao River onde lhe esperava um contrato com o nosso clube (e lá se foram 4 milhões e mais alguns milhares em ordenados). Na 1ª época faz 9 golos, nesta já leva 7. A equipa que mais sofre quando El Tecla joga? Isso mesmo! É o Sertanense (é logo a 1ª equipa que passa pela cabeça não é?) que já levou com 4 golos do nosso menino!
Resta referir que a alcunha ‘El Tecla’ a devemos a Azconzabal (boa Lamas, pela informação!) actual jogador do Las Palmas que jogou com o delantero no Estudiantes. Ora, El Tecla partiu um dente aos 12 anos e à medida que o tempo passava começou a escurecer até que parecia mesmo a tecla dum piano.
Nota - Porque é uma curiosidade e mete futebol: Pedro Ribeiro no programa da manhã na Comercial explicava o porquê de Maicon (do Inter) ter aquele nome. Pelos vistos, o pai era fã dum actor de Hollywood, chegou ao registo e disse o nome (façam pronúncia brasileira, por favor): Michael Douglas.
Resultado: Maicon Douglas Sisenando.
Comentários
Em termos concretos, dos 16 que marcou pelo FCP, 4 foi contra o Sertanense (25%)...
Foi curioso saber a parte de ter estado tapado pelo Luca Toni no Palermo, de ter convivido com o Mariano em Itália, de ser dos três melhores marcadores de sempre da Argentina e campeão sul-americano de sub-20 ao lado de Aimar e Duscher...
Uma última nota para o golo que ele marca contra o Boca Juniores... é do outro mundo... quando vi... Jasus, que jogador vem aí... (http://www.youtube.com
/watch?v=cNwH8kNpzR4)
Quanto à nota do Pis... FANTÁSTICA!
E depois essa história de ser o terceiro melhor marcador do campeonato Argentino é só um sinal que lá fez muito mais épocas do que normalmente acontece com os grandes jogadores como Batistuta, Crespo, Cruz, Aguero, Lisandro, Etc.
Mas achei piada à origem da Tecla e essa do Maicon está obra.
Por Miguel Sousa Tavares
DE FORMA ALGUMA CREDÍVEL
1 - Quinta-feira foi um dia aziago para alguns ilustres benfiquistas e para alguns defensores do Estado da Calúnia contra o Estado de Direito: o Tribunal da Relação do Porto, por voto unânime dos três desembargadores, confirmou a sentença do tribunal de primeira instancia que mandou arquivar o célebre «caso da fruta», envolvendo o jogo FC Porto-Estrela da Amadora (2-0), de 2004, peça central do Apito Dourado. E mandou arquivar porque julgou que a prova decisiva em que se baseava a acusação do Ministério Público - o testemunho de Carolina Salgado - «como é bom de ver, não é de forma alguma credível» e, pelo contrario, não podia nunca ser julgado isento. E, quanto aos supostos «erros de arbitragem» que, segundo o MP, teriam favorecido o FC Porto (num jogo que já só era a feijões), a Relação julgou que «eles não são mais do que aqueles que os agentes de investigação consideraram...por conjectura ou imaginação...e não o resultado da perícia e das declarações dos peritos». E, acrescentaram os juízes, o que a peritagem concluiu foi que «nenhum dos lances que originaram os golos do F C Porto foram precedidos de erros de arbitragem» e, por isso, nunca a acusação poderia concluir que os erros ocorridos «são causa adequada do resultado final quando favorecem o F C Porto, e completamente inócuos quando favorecem o Estrela da Amadora». Para quem sabe ler, o que os desembargadores dizem é que toda a acusação se baseou em preconceitos clubísticos e assentou na credibilidade de uma testemunha que, de todo, a não merece. Ando a escrever isto há dois anos, mas há quem ache que a justiça dos tribunais não presta, a do Comissão Disciplinar da Liga - onde os juízes são escolhidos por influências dos clubes, onde se julga sem contraditório e sem sequer ouvir testemunhas - essa, sim, é que é a verdadeira. Foi isso, por exemplo, que José Manuel Delgado quis dizer, num elucidativo texto aqui, sábado passado e acompanhando uma resumida notícia sobre a sentença da Relação, e no qual ele defendia nas entrelinhas que é uma chatice que a justiça comum tarde em render-se à campanha de moralização do futebol português, tão exemplarmente encabeçada pelo exemplar Sr. Vieira.
Mas convém recordar que este processo da «fruta» já antes tinha sido investigado pelo MP e arquivado por absoluta falta de indícios probatórios. Foi então que o Dr. Pinto Monteiro, acabado de ser nomeado Procurador-Geral da República e interrogado sobre o «livro» «de» Carolina Salgado, respondeu que ia mandar investigar o que lá vinha - assim lhe conferindo, logo, uma credibilidade que não podia saber se a coisa justificava. E nomeou, perante o aplauso de toda a nação benfiquista, uma task-force encabeçada pela Dr.ª Maria José Morgado para investigar o FC Porto e Pinto da Costa - e apenas eles. E a Dr.ª Morgado agarrou-se à pretensa «testemunha» como se Deus falasse pela boca dela. Gastou aos contribuintes milhares e milhares de euros a fazer «proteger» a sua testemunha, dia e noite, por dois seguranças cuja verdadeira função era a de fazer crer que ela poderia estar ameaçada, tal era a importância daquilo que sabia. E obrigou o MP do Porto a reabrir o processo e levar uma acusação a tribunal. O tribunal respondeu com a não-pronúncia dos réus e, vexame máximo, ainda mandou abrir um processo contra Carolina Salgado por crime de «falsidade de testemunho agravado». A Dr.ª Morgado entendeu recorrer para a Relação e a Relação acaba de lhe dar a resposta que merecia e que, houvesse algum sentido de responsabilidade, deveria levar o Sr. Procurador-Geral e a Sr.ª Procuradora, pelo menos, a pedir desculpas públicas.
Mas, não. Tudo continuará na mesma. Como se nada se tivesse passado, continuarão a escrever sobre o «Apito Dourado» e a «fruta» como verdade estabelecida, continuarão a tentar que a «justiça desportiva» consiga excluir o FC Porto da Liga dos Campeões, em benefício do Benfica. E o Sr. Vieira, verdadeiro criador da criatura caída em descrédito e genuíno paradigma do fair-play, continuará a dizer que a hegemonia do FC Porto nos últimos 20 anos se deve apenas a batota. Como aliás o demonstra a comparação entre as carreiras europeias do Benfica e do FC Porto nos últimos 20 anos...
2 - Tive o saudável bom-senso de me pirar daqui na altura crítica deste clima de histeria, quando, no espaço de doze dias, ao FC Porto coube defrontar os três clubes de Lisboa: Belenenses, Benfica e Sporting. Dos três jogos só soube à distância e não vi nada, depois, senão os dois cruciais lances do Dragão. Mas deixei os jornais guardados e fartei-me de sorrir ao lê-los. E então, do pouco que vi e li, constatei o seguinte:
— em Alvalade, houve dois penalties do Sporting contra o Porto, que viraram o resultado (há trinta anos que é assim...). Na página 11 da edição de 5/02 de A BOLA vêm as respectivas fotografias. Na primeira, não se vê rigorosamente nada que possa justificar um penalty, mas a legenda diz que se deve «dar o benefício da dúvida ao árbitro». Na segunda, vê-se o Sapunaru no chão, com uma mão pousada suavemente sobre a anca de Postiga e a legenda reza que foi «penalty claro» ( a fazer lembrar a mão pousada no ombro do João Moutinho e que também foi «penalty claro» no Sporting-Porto para o campeonato);
— na edição de 9/02, vêm duas fotografias do penalty do Dragão, onde, tal como nas imagens televisivas, se vê claramente a mão de Yebda tentando travar Lisandro pela barriga. A legenda, porém, diz que foi só um «toque» e quando ele já estava em queda (a cuja não se vê de todo). Ora, eu até concedo que aquela mãozinha não chegasse para justificar um penalty; o que não percebo é como é que os três penalties de Alvalade são claros ou merecem o benefício da dúvida e aquele seja um «roubo» evidente...
— evidente, evidente, é que aos 19 minutos do jogo do Dragão, Reyes rasteirou Lucho dentro da área. Ele foi ao chão e levantou-se, prosseguindo a jogada e dando ao árbitro mais do que tempo para se lembrar de que não há lei da vantagem em caso de penalty. Ou seja, o árbitro do Dragão errou primeiro contra o FC Porto e depois contra o Benfica. Não entendi, assim, porque fizeram desta arbitragem mais um caso para o «Apito Dourado» e porquê que o José Manuel Delgado teve logo de ir ouvir Luís Filipe Vieira em mais uma «entrevista exclusiva», para dizer o mesmo de sempre- ele, que até nem vê os jogos.
3 - E anteontem, infelizmente (eu odeio penalties, desde a infância, onde enjoei de os ver na Luz e em Alvalade e sempre, sempre, para o mesmo lado...), um FC Porto com um ataque reduzido ao génio de Hulk e à absoluta inutilidade de Mariano e Farias, só conseguiu inaugurar o marcador contra o último classificado e no Dragão, através de um penalty que, vendo na televisão, ninguém de boa-fé pode dizer se existiu ou não. Mas logo estava a receber uma mensagem de um amigo benfiquista garantindo que, na sua televisão, tinha sido mais um «roubo» evidente. E, embora três minutos depois, só o árbitro e o fiscal-de-linha não tenham visto a bola dentro da baliza do Rio Ave, seguiu-se nova mensagem a garantir-me que também aquele árbitro estava comprado. Depois do Benfica-Porto, li alguns benfiquistas queixarem-se de que tinham sido vítimas do «excesso de isenção» de um árbitro sabidamente benfiquista. Mas, curiosamente, só se queixaram da nomeação depois e não antes do jogo: antes, não lhes ocorreu estranhar que para um Porto-Benfica onde muito do campeonato se podia decidir, tenham escolhido um árbitro que é sócio do Benfica. Olha se fosse sócio do Porto, o que não diriam!
Aliás, acho que seria útil que a direcção do Benfica encarregasse o João Gabriel de anunciar publicamente a short-list dos raríssimos árbitros que, à imagem do seu próprio presidente, consideram sérios. E Vítor Pereira faria o favor de só nomear esses dois ou três para todos os jogos do Benfica e do Porto.
Eu acho que o Farías é, no máximo, um bom suplente para entrar aos 60' para o massacre final.
De resto, ele não tem força nem velocidade para jogar na Europa.
De qualquer modo, não me lembro do último jogo em que o Porto massacrou... Talvez contra o Schalke 04 e, antes desse, não me lembro de mais nenhum.
Ou seja, nos últimos 3 anos massacramos 1 vez...
Ooopsss, já me estou a desviar do assunto! :)
Voltando ao El Tecla, na área é muito oportuno e nada mais.
Prefiro o Adriano.
E prefiro o Rentería ao Adriano e o Farías juntos!
P.S. Pis, quando escreveste "delantero" foi propositado ou correu-te mal o "copy-paste"??? LOL
MST voltou em grande e a disparar forte até contra um dos directores da bola que é o Delgado. Pis diria que não lhe faltam cojones...LOL
Deixei-me de fazer copy+paste desde o trabalho de GRH na Fac :-)
Delantero aprendi nas aulas de espanhol :-)
Delantero aprendi a dizer a jogar o PC Futbol... um CM versão espanhola... na altura deliciava-me... e treinava o Almeria na 2a B lá do sítio...
«Carlos Azenha não se esquece da importância de "Tecla" em determinados momentos da temporada passada e concorda que não está a ser rentabilizado ao máximo. "Renderá naturalmente mais de início se tiver a confiança do seu treinador. É bom de cabeça, chuta bem, mas vive dos golos como qualquer ponta-de-lança", comentou, ciente de que no capítulo da luta pela titularidade entram muitos outros factores em linha de conta, mas insistiu: "Precisa de mais tempo de jogo e que acreditem mais nele, para render mais".»
Renderá mais se tiver a confiança do seu treinador?!
Jesualdo deve adorar estas tiradas do seu ex-braço direito.
Um abraço
Estaria interessado com uma parceria com www.directofutebol.com ?
Cumprimentos,
Zé