Época 2017/2018 - Desilusões


Cá estamos para mais um ranking. Desta vez são as maiores desilusões da época. Já sabemos que não é fácil fazer uma lista consensual mas deixamos já claro o nosso critério: rendimento vs expectativas. É portanto avaliado o rendimento segundo os nossos critérios e em confronto com as nossas expectativas.

5. Waris

Todos nos lembramos que o FCPorto teve um defeso muito complicado e que ficamos com um plantel algo desequilibrado. Compensamos com as contratações de inverno. Na altura a equipa já começava a demonstrar sinais de cansaço e faltavam opções na frente. Bastava ver que havia duas posições para três jogadores. Ora Waris foi um pedido de Sérgio Conceição quando já sabia exatamente o que precisava para aquelas posições. Julgávamos que vinha aí um jogador capaz de lutar por um dos lugares da frente e substituir sobretudo o Marega. Não podíamos estar mais enganados. Demonstrou pouco e não teve assim tão poucas oportunidades. Espero que seja devolvido.

4. Paulinho

Já com Paulinho é diferente. Também me desiludiu mas não quero que seja devolvido. Paulinho parecia que podia ser uma alternativa a Otávio, mas com pé esquerdo. Ou seja, poderia fazer o papel de médio escondido na ala, a partir do flanco direito. A verdade é que as coisas não lhe saíram nada bem. Demonstrou clara inadaptação a este papel e, mesmo quando  entrava para a sua posição natural no miolo, não conseguiu render. Há no entanto aquela primeira parte em Moreira de Cónegos, que me deixa a sensação de que ele pode fazer melhor. Na altura foi sacrificado porque era preciso atacar, mas fez um bom jogo, algo que não consegui ver em Waris, por exemplo.

3. André André

À medida que o seu contrato se vai cumprindo, André André vai tendo cada vez menos influência no jogo da Equipa. Começou por conquistar Lopetegui, ganhando a titularidade, para passar a ser uma boa solução para reforçar o meio campo ou para entrar e controlar os jogos. Hoje em dia já nem isso tem feito, acabando por ser o médio menos utilizado do plantel. Apesar do seu ADN portista, nunca entusiasmou muito as bancadas e são poucos os que exigem mais minutos para este jogador. Adivinha-se a sua saída neste defeso.

2. Corona

Desde que chegou ao FCPorto, a cada nova época julgamos que essa vai ser a época de 'explosão' de Corona. Continuamos à espera... É um desperdício imenso. Claramente um dos jogadores mais evoluídos tecnicamente. Domina, remata e conduz com os dois pés, algo raríssimo no futebol mundial e, no entanto, sempre que fazemos um qualquer exercício de avaliação de Corona, falta sempre qualquer coisa. Ou falta intensidade, ou falta cabeça... No limite faltam golos, dribles, assistências e falta influência no jogo da equipa. Basta ver como Brahimi aproveitou do outro lado, esta possibilidade de participar mais no jogo da equipa. Ao contrário do colega, Corona prefere passar grande parte do jogo alheado, aparecendo em 'focachos'. Exige-se mais de um jogador que já cá está há várias épocas. Há aqui um pequeno desconto, visto que este ano tem a desculpa do problema pessoal grave, que pode ter tido influência. Ainda assim, esperámos sempre mais dele.

1. Oliver

É uma dor no coração ver o Oliver nestas conversas. Provavelmente nunca saberemos onde começa a culpa do jogador e onde começa a do treinador. Mas Sérgio não foi o primeiro treinador a sacrificar Oliver em função do seu esquema de jogo. Se excluirmos da análise o ano de Lopetegui, nos últimos anos, Oliver começa sempre a época a titular. Até com Simeone no Atlético de Madrid. A verdade é que as épocas vão evoluindo e os treinadores acabam, mais tarde ou mais cedo, por optar por um meio campo mais musculado. Este ano não fugiu à regra. Oliver começa a titular e com um rendimento bastante bom. Todos nos lembramos das goleadas da pré-época e dos primeiros jogos do campeonato. Até que chegou o fatídico jogo com o Besiktas. Sérgio Conceição convenceu-se que precisava de reforçar o meio campo com o poder físico de Herrera. Se no início o nosso jogo sofreu um pouco, com o passar dos jogos Herrera passou a jogar cada vez melhor, tornando cada vez mais difícil a opção de tirá-lo da equipa sem criar mossa. Nem quando se precisava de reforçar o meio campo, Oliver foi solução. Nessas alturas Sérgio Conceição preferiu 'jogar no escuro' com Sérgio Oliveira. A lesão de Danilo veio reforçar essa aposta. Ora bem... Tivemos que apresentar estes dados e esta cronologia para convencer os leitores que isto tem lógica. Na verdade, nós não concordamos nada com esta opção. Continuamos a achar que Oliver será sempre uma mais valia para um FCPorto que, apesar do sucesso, continua a carecer de criatividade, que está entregue só a Brahimi. Oliver é o melhor jogador do plantel em vários capítulos, seja o passe, a visão de jogo, o posicionamento, etc.. Mas não é um tanque... Ainda assim, acreditámos que é preciso arriscar em Oliver, mas é preciso que os treinadores acreditem nesta opção, algo que não me parece que tem acontecido. Há sempre a próxima época...

Menções pouco honrosas para dois jogadores. Osório jogou apenas um jogo incompleto. Dado o nível geral dessa exibição e o facto de esse ter sido o pior jogo da época de Felipe, seria uma crueldade referi-lo como uma desilusão. Já Hernâni, não é uma desilusão porque a expectativa era baixa.

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