11 contra 11...


Normalmente a imagem da crónica é para o MVP da partida. Como tal, não será de estranhar que se atribua o MVP aos nossos adeptos que estiveram no estádio em Turim. Foi incrível! Estamos com a equipa e a equipa está connosco!

Quanto ao jogo, começo por pegar naquela dúvida de Nuno. Se estivéssemos sempre com onze... Eu aceito que se tenha esta argumentação porque nunca saberemos e porque convem que as tropas não desanimem. E assim não temos de admitir a 100% a óbvia superioridade da Juventus e a justiça nos dois resultados que decidiram esta eliminatória. Não gosto tanto que se use o argumento de que não sofremos golos onze contra onze. É um bocado paradoxal. Se Maxi não desse mão tínhamos sofrido um golo, onze contra onze... E não convem esquecer que esse lance surge na sequência de três bolas paradas ganhas pela Juventus na nossa área, e que o sucesso nos duelos nas bolas paradas é um dos nossos melhores atributos como equipa. Importa portanto admitir que temos uma equipa do FCPorto que dá alguma ilusão e que está a exceder as expectativas de muitos, mas não podemos pedir que esteja ao nível de uma das 5 melhores equipas da Europa. A eliminatória não correu bem, faltou maturidade a alguns dos nossos jogadores, mas a equipa não nos envergonhou. Faltou um golo em Turim, que fizemos por merecer na altura em que a Juventus entrou em ritmo de gestão de esforço.

Individualmente, a nota mais alta vai para Felipe. Já sabemos que estes jogos são uma 'montra' e até pode ter sido isso que traiu Alex Telles na primeira mão, mas Felipe fez questão de se 'pôr na montra' com esta exibição na segunda mão. A equipa jogou razoavelmente e não tenho grandes destaques além de Felipe. Marcano e Casillas tiveram intervenções de grande qualidade e Jota entrou muito bem, mais uma vez. Pela negativa, Maxi pela expulsão, mas sem um nível de culpa sequer comparável ao de Alex na primeira mão. Layun ainda demonstra muitas dificuldades defensivas, mas não comprometeu. Nuno esteve bem ao manter a equipa dos últimos jogos.

A Champions ficou-se pelo objectivo mínimo. Resta-nos o nosso objectivo principal!

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