Tudo na mesma - parte 2


Falhámos pela segunda jornada consecutiva o assalto ao primeiro lugar e deixamos de depender apenas dos nossos resultados para chegar ao título de Campeões nacionais. Esta é de facto a grande conclusão a tirar do nosso resultado na Luz. Já sei há atenuantes, que é difícil vencer nesse estádio, que o jogo não nos correu propriamente bem, etc.. Estou menos confiante do que o que estava antes do jogo, pelo simples facto de já não dependermos de nós e de faltarem apenas 7 jogos para o final. Não me venham com a história de o Sporting poder ajudar. O FCPorto não se fez de 'jeitinhos' de adversários. Fez-se de vitórias! Ainda acredito, mas agora estou mais apreensivo. 

Quem não parece estar apreensivo é o Eng. Luís Gonçalves que pareceu festejar o empate no relvado. Já percebemos que ele tem um estilo de dirigente de 'coração ao pé da boca', mas exige-se mais prudência quando se festeja um empate que apenas adia as decisões e que nos deixa dependentes dos resultados de outros.

Vamos ao jogo. A entrada em jogo foi o que mais me desiludiu no jogo de ontem. Era fundamental entrarmos com autoridade. Todos o sabíamos e todas as equipas que lá ganharam este ano fizeram assim. Não o conseguimos. Os primeiros passes não saíram, a pressão era forte e nós sabemos que este FCPorto deste ano não demonstrou nunca ser capaz de gerir o jogo com calma e em posse.  E assim entrámos na 'vertigem' que era o que o adversário queria. O golo saiu cedo e isso ajudou a agudizar o problema ainda mais. Temia-se o pior, até que Brahimi começa a pegar no jogo.  Aí sim, tivemos bola, causámos problemas e jogámos bem até chegarmos ao golo. E chegámos ao golo porque entrámos na segunda parte como deveríamos ter entrado na primeira. O problema aqui foi que não conseguimos cavalgar na onda que criámos. Tivemos logo a seguir dois bons lances, sendo que o de Soares quase dava golo. Mas bastou um lance de perigo do adversário para que a equipa se assustasse e acabámos por passar o resto do jogo a sofrer mais do que a causar sofrimento. Aí valeu San Iker, mais uma vez. Saímos vivos, mas em pior posição do que a que estávamos quando entrámos.

Individualmente, dois jogadores acusaram a pressão: Felipe e Alex Telles. Apesar de o segundo ser reincidente, o primeiro teve erros mais graves. Dou o MVP a Casillas porque acabou por ser decisivo a defender a vantagem. Mas o jogador que gostei mais foi Brahimi. Foi o primeiro a elevar o seu nível de jogo e só aí é que a equipa se soltou. Além disso, foi o que criou mais problemas e é ele que começa a jogada que resulta no golo. Marcano e Danilo estiveram  a um bom nível. André André e Oliver foram oscilando com o jogo mas dou nota positiva no global. Corona apareceu no início da segunda parte em bom nível mas foi pouco. Soares também apareceu muito pouco.

Quanto ao árbitro, há um erro grave no julgamento da marrada do Jonas. Grave e propositado. Aceito o penalti apesar de reconhecer que é ridícula a forma como o Jonas se atira para cima do Felipe. A impunidade é tanta que nunca teve de aprender a mergulhar em condições. Depois Pizzi continua a sua saga de fugir aos amarelos. Já a defesa do FCPorto não teve hipoteses e foi toda premiada pela sua excessiva e selectiva 'violência'. Fomos muito penalizados na análise às segundas bolas e já sabemos que é assim que os melhores artistas da arbitragem inclinam os campos. Há um lance de fora-de-jogo de Jota mal assinalado que o pôs na cara de Ederson. Erro grave, talvez o pior de todos.

Resta-nos ganhar 7 jogos seguidos. Já o fizemos neste campeonato.

Comentários

Aires disse…
Boa tarde,

É a primeira vez que comento neste site e faço-o porque escreve exactamente o que sinto. Falhamos pela segunda vez consecutiva o assalto à liderança. E quem falha pela segunda vez e deixa de depender de si próprio para ser campeão se calhar não merece ser. Não fazemos o nosso trabalho e agora estamos à espera que outros o façam por nós!!!! Mas o que é isto!!!! E festejar um empate na luz!!!!! Sò se isso nos desse um título! Como não deu acho que foi completamente desapropriado. Este tipo de mentalidade não é a que vi nos últimos 30 e tal anos. Não foi a pensar desta forma que ganhamos o que ganhamos nacional e internacionalmente. Este tipo de mentalidade que promove o festejo de jogadores no final do jogo da luz está na base do receio que a equipa sentiu na segunda parte contra o Setúbal. É incrível como este aspecto psicológico ainda não foi trabalhado. A equipa neste aspecto poderia ser muito melhor e não o é - sofre um golo e fica completamente desorientada, e depois, ou limpa a fralda no intervalo ou espera que um qualquer remate milagroso de fora da área dê a vitória. Isto não é ter estofo para ser campeão, e como tal acho que não o vamos ser. Raramente o "destino" premeia este tipo de calculismo receoso a acobardado que faz a equipa ficar satisfeita com o empate em casa do principal adversário, quando o necessário era a vitória.
Anónimo disse…
Eu não vi ninguém a festejar. Vi os elementos da equipa técnica e alguns jogadores do Porto a felicitarem o Maxi pelo golo marcado, algo que não é de todo habitual e o merecido cumprimento a quem apoiou o jogo todo. Agora se me mostrarem alguma imagem de alguém a festejar qualquer coisa que não seja com o Maxi retiro aquilo que escrevo e considero vergonhosa a situação.

PS: Na MAFATE vocês nunca me deixaram assinalar um penalti como aquele.

Abraço,

Artur
scape disse…
vou inundar todos os blogs,com a minha opiniao,nao sao os arbitros que de repente passaram a ser uns incompetentes,que houve ou nao penalties,que fulano havia de levar amarelo e nao levou, etc, etc, etc.O grande problema é que o FCPORTO nao se modernizou,e por isso esta a ser comido todos os dias,nao consegue passar a mensagem,nao tem voz e toda a comunicaçao social ja viu isso.Veja-se hoje o assunto canelas,como a semana passada foi o assunto seleçao/claque madureira super dragoes,como logo foi o arguido no jogo duplo um super dragao alem de poder ser tudo condenavel,nao se ve as noticias serem exploradas contra outro clube como sao contra o PORTO.cumps helder oliveira m.grande