Que curioso... La Bombonera!

Resisti à tentação e não vou dedicar o artigo a qualquer curiosidade ligada ao Leixões, próximo adversário do nosso Porto. No entanto, ficam a saber que o Leixões passou do campo de Santana para o Estádio do Mar muito por culpa dos pescadores que, por cada cabaz de peixe vendido na lota, revertiam parte do lucro para a construção do estádio que mesmo assim contou com a mão-de-obra dos pescadores. Haverá melhor reconhecimento às gentes de Matosinhos? Estádio do Mar!


Seguindo na onda dos estádios e porque na semana passada pude estar em dois espectaculares como o Vicente Calderón e o Santiago Bernabéu, nada melhor que «matar» a curiosidade da origem do nome La Bombonera, diz quem já lá passou, um dos mais excitantes estádios do Mundo.



Inaugurado em 1940, La Bombonera nunca foi o nome oficial do estádio. Primeiro, começou por se chamar o ‘Coliseu de La Boca’; depois, o presidente de então decidiu dar o próprio nome – Camilo Cichero (devia ser pouco egocêntrico); e no início do século, com uma série de remodelações, alteraram o nome para Estadio Alberto J. Armandi, também ele presidente mas na década de 1970.


Contudo, desde o início das obras, o aspecto do estádio não deixou ninguém indiferente e todos o assemelhavam a uma caixa de bombons. As dimensões do terreno de jogo são as mínimas permitidas por lei e isto também serve para explicar o porquê das 3 bancadas serem tão íngremes (3 anéis dispostos uns em cima dos outros) e uma delas ser completamente vertical: o espaço cedido para a construção do estádio era tão exíguo que tiveram de recorrer a estas engenharias. Deste modo, o estádio emerge do bairro de La Boca.


Dizem que o estádio tem uma acústica fantástica e é reconhecido por «tremer» quando os adeptos começam a saltar ritmadamente (tipo: e quem não salta é lampião olé, olé), mas isso já foi negado: La Bombonera no tiembla. Late! Que é mais ou menos dizer que ‘La Bombonera não treme. Vibra!’, a tradução perde-se um pouco porque para eles ‘Late’ tem a ver com o ritmo, com o pulsar do coração, logo, a paixão inerente ao clube.


Por último referir as origens do azul-e-amarelo do equipamento: nos primeiros anos de história, o Boca usava calções brancos e camisola com listas verticais brancas e pretas ou brancas e azul-escuro, no entanto, o clube rival da altura – Boedo – usava as mesmas cores e apostaram que quem perdesse o encontro entre as duas equipas teriam que mudar a cor do equipamento. O Boca perdeu e para decidir as novas cores escolheram um meio muito inteligente e inovador, foram para o Porto de Buenos Aires e esperaram pelo primeiro navio estrangeiro a entrar no cais...


Isso, foi mesmo um navio sueco e, desde então, adoptaram o azul y oro.


Comentários

Lamas disse…
Pis, será que o Boca poderá ser um adversário do FCP na próxima edição do Campeonato do Mundo de Clubes? Temos de arranjar motivos para ir lá...

A imagem do Estádio é qualquer coisa e estar lá deve ser algo a não perder...

A história da cor do equipamento é, também, qualquer coisa...

Mas porquê o Boca??? Metade da nossa equipa não é do rival River??? :-)

Mais, a camisola alternativa do Leixões, próximo adversário do FCP, não é igual à do River??? :-)
prata disse…
Pis está a dar graxa ao novo seleccionador argentino para ver se dá alguns minutos que seja à dupla Lucho-Licha...

Esse estádio é daqueles que não posso passar sem visitar. Então se conseguir ver lá um jogo, será obra. Quanto mais não seja para não morrer estúpido...

Mais uma contratação para a próxima época. Parece estar-se a apostar mais em portugueses baratinhos. Não será alheio às contas apresentadas recentemente.
Daniel disse…
Miguel Lopes, Varela... quiçá Beto e Orlando Sá. Parece-me uma nova política de contratações... acertada.
riskolas disse…
Há dois jogos que tenho de ver na minha vida.

Barça vs Real

Boca vs River

E se tiver de escolher um é, claramente, o Boca vs River!

É o clássico dos clássicos! Obviamente, quando surgir a oportunidade, farei um seguro de vida, antes de ir! :)

De contratações, fala-se às quintas... LOL
Anónimo disse…
Inquérito a Carolina Salgado por falsas declarações

Acção diz respeito ao «caso da fruta», relacionado com o Apito Dourado

O Ministério Público já abriu um inquérito a Carolina Salgado, a antiga companheira de Pinto da Costa, pelo crime de falsas declarações no âmbito do «caso da fruta», relacionado com o «Apito Dourado», disse esta segunda-feira à Lusa fonte ligada ao processo.

A acção contra Carolina Salgado está em fase de inquérito no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto e foi interposto depois de o 2.º Juízo do Tribunal de Instrução Criminal do Porto arquivar a acusação de corrupção a dois dirigentes do FC Porto, Pinto da Costa e Reinaldo Teles, o empresário António Araújo e o árbitro Jacinto Paixão e respectivos auxiliares.

Na decisão instrutória, proferida a 30 de Junho de 2008, o juíz Artur Guimarães Ribeiro considerou «notório» que Carolina Salgado prestou «falsas declarações em tribunal quanto ao objecto dos autos», pelo que não podiam «os depoimentos da testemunha Carolina Salgado serem valorados em tribunal».

Depois de extraída uma certidão do «caso da fruta» julgado em primeira instância, foi aberto um inquérito a Carolina Salgado por falsas declarações, mas Miguel Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa, garantiu à Agência Lusa que, até hoje, «ninguém foi chamado» para a inquirição.

Pelo crime de falsas declarações (artigos 160.º e 161.º do Código de Processo Penal), Carolina Salgado incorre numa pena de prisão de seis meses a três anos ou numa pena de multa não inferior a 60 dias.

O «caso da fruta» reporta-se ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora de 2003/2004. Depois do arquivamento em primeira instância, foi reaberto pela procuradora-adjunta Maria José Morgado, com o Tribunal da Relação do Porto a negar provimento ao recurso, a 12 de Fevereiro de 2009.
In Portugaldiario