Saboroso


É tudo do que podemos dizer... Não ganhamos nada de especial e também não estamos mais perto dos nossos objetivos principais para a época. Apenas ganhámos o acesso a mais uma final da Taça da Liga. Este título é apenas o quarto no ranking das nossas prioridades. Acresce que de pouco servirá esta vitória, se não conseguirmos ganhar no sábado. Mas sabe sempre bem ganhar ao Benfica. E esta vitória torna-se especialmente relevante porque interrompe o ímpeto que trouxe este novo treinador. Já sabemos que as exibições deles não vinham sendo convincentes, mas é bom que se interrompa já a série, visto que é um adversário que tem um plantel com muitas soluções de qualidade e, por esse motivo, o nosso adversário mais perigoso.

Vamos ao jogo. Pelo segundo ano consecutivo, não vi os primeiros 10 minutos de jogo. A hora do jogo, as péssimas acessibilidades e a recorrente má organização da Liga, têm de merecer reflexão. Do que vi na primeira parte, pareceu-me ver um FCPorto com mais iniciativa, algo esperado dadas as exibições recentes do Benfica, em Guimarães. Esse capacidade de assumir o jogo e a capacidade operária que a equipa demonstrou ao longo de todo o jogo, são as notas mais positivas do encontro. Eu diria que, na primeira parte, a estratégia das duas equipa foi premiada. Por um lado, o FCPorto chegou ao golo fruto da sua pressão e posicionamento em terrenos ofensivos. Por outro, o Benfica empata num lance rápido de contra ataque, em que surgem em clara superioridade numérica. Ou seja, o FCPorto consegue pôr o adversário em sentido, mas ficou sempre exposto à sua estratégia para o jogo, visto que os ataques adversários foram poucos, mas sempre com muito perigo. Valeu a fortíssima reação ao golo sofrido, logo com a reposição da vantagem. A segunda parte foi diferente. Os papeis inverteram-se e o FCPorto ficou tão desconfortável a defender como o Benfica tinha estado na primeira parte. O problema é que nós, inicialmente, não saímos tão bem para o ataque como o Benfica vinha fazendo. E sofremos um pouco nesses primeiros minutos. O jogo inverteu-se pela acção de Conceição. Primeiro, Soares trouxe a capacidade de reter a bola em terrenos ofensivos. Pouco depois, veio a jogada de risco de Conceição com a entrada do miúdo. Com Bruno Costa no jogo, tivemos o equilíbrio que vinha faltando e do risco, ganhou-se mais uma opção. Só não se sabe o que isso significa para Sérgio Oliveira... Até ao final controlámos melhor os ímpetos do adversário e o golo surgiu naturalmente face ao risco que o Benfica teve de correr.

Já ouvi por aí que foi um grande jogo. Aceito a opinião pela parte da emotividade. Mas não acho que o FCPorto tenha feito um grande jogo. Fizemos demasiados erros, quer no ataque, quer na defesa. Aliás, todo o jogo é marcado pelos erros das três equipas. O lance que resulta no golo anulado ao Benfica é paradigmático. Tudo começa com um posicionamento ridículo da nossa defesa, no rescaldo dum canto a nosso favor. Com um passe o Benfica ficou 4 para 1 que não conseguiu aproveitar. Com tal superioridade numérica, o posicionamento dos avançados que queriam receber a bola e o timing do passe, poderiam  fazer com que o lance fosse impossível de anular pelo fiscal de linha e pelo VAR. Para completar o chorrilho de erros, o árbitro assistente anula quando, na dúvida, deveria beneficiar o ataque. Assim impediu a atuação do VAR, visto ser um lance muito duvidoso. Ainda assim, os erros de arbitragem parecem-me divididos pelas aldeias, apesar de isso não significar de a arbitragem tenha sido boa. Não foi! Muitos erros. O penálti sobre Corona, as faltas que precedem os dois primeiros golos, a expulsão perdoada a Seferovic, etc. Muito mau.

Individualmente, dou o MVP a Oliver. Já sei que não foi uma exibição isenta de erros, mas sobressai o seu trabalho na pressão e na intensidade que pôs no jogo. Nesse capítulo, Herrera também voltou a estar excelente. Marega esteve bem mas pecou muito na definição. Poderia dizer algo parecido de Brahimi e Corona, mas todos eles terminaram com golos ou assistências... A defesa, tremeu um pouco quando pressionada no início da segunda parte. Mas parece-me que o problema estava na proteção dada pelos médios. Por esse motivo, outro dos destaque é Bruno Costa. Grande serenidade do miúdo a equilibrar o jogo, num teste de fogo. André Pereira destacou-se mais pela luta e pelas muitas bolas aéreas que foi ganhado à defesa contrária. Por último, desta vez não foi possível roubar o golo a Fernando Andrade...

Siga para a final. Conceição não quis escolher, nem ficava bem, mas eu prefiro o Sporting.

Comentários

Fábio Veríssimo disse…
GLORIOSO SLB aguenta, aguenta, aguentaaaaaaaaaaa....