Dezassete
Vamos continuar com esta sequência de títulos de post enquanto esta fantástica série continuar. É mais que justo! Provavelmente a história lembrar-se-á apenas deste recorde do FCPorto de Sérgio Conceição e toda esta tremideira a que temos assistido nos últimos jogos ficará no esquecimento. Mas eu aqui não consigo deixar de destacar as duas coisas. A série é óptima, mas as últimas exibições estão muito longe de o ser. Eu diria até que esta série de resultados já deveria ter tido um impacto maior na confiança e no fulgor físico da equipa e só não o tem porque a equipa tarda em ter uma exibição condicente com a posição que ocupa na tabela.
E as crónicas tornam-se incrivelmente repetitivas... Em relação aos últimos jogos, hoje apenas se alterou o facto de não termos sofrido golo primeiro, nem depois. Desta vez não sofremos. É bom mas não apaga o resto. O traço comum deste FCPorto é que há longas partes do jogo em que controlamos por completo e nessa altura falhamos demasiados golos para o futebol que criamos. Depois, com uma vantagem curta e normalmente mais perto do final, deixamos de controlar o jogo, aproximamo-nos de Casillas e fazemos um chorilho de disparates que causam calafrio atrás de calafrio. Conceição está a tornar-se num mestre do suspense! Enquanto precisamos de ir atrás do resultado jogamos bem e, quando não precisamos, damos o controlo das operações ao adversário por muito fraco que seja. No final vem um alívio tão grande que quase dá vontade de esquecer o que se passou e focar na vitória, mas eu não consigo... Este FCPorto bipolar está a moer-me o juízo.
E tudo tem a ver com a qualidade da posse de bola. É um assunto que por aqui repito todas as semanas. Sem Oliver em campo, estamos entregues ao que Brahimi consegue fazer. Se pudermos ter os dois ao mesmo tempo temos uma maior probabilidade de controlar melhor o jogo e ter mais bola em terrenos ofensivos. Hoje Brahimi só durou a primeira parte, visto que na segunda pareceu limitado fisicamente. Oliver entrou tarde e só quando saiu Brahimi. Assim é difícil...
Individualmente, só podia dar o MVP a algum dos defesas que ajudou a manter o resultado na segunda parte. De facto, apesar de não termos o controlo do jogo na segunda parte, o Aves quase não teve oportunidades e a melhor é no último segundo e já depois do tempo previsto para a compensação. Isso é fruto do trabalho dos defesas. Desempatamos facilmente porque um dos nossos defesas marcou o golo que valeu os 3 pontos. Há quem tenha defesas que marcam golos que valem 3 pontos para o adversário... O MVP vai então para Militão. Gostei também das exibições defensivas de Danilo e Felipe. Gostei mais de Alex Telles do que nos últimos jogos, mas aquelas faltas parvas no final da segunda parte... Por falar em faltas parvas, aquela de Herrera no último segundo do jogo... O moço não muda! Ofensivamente, não há destaques porque tudo o que de bom se foi fazendo na primeira parte, foi-se esfumando na segunda. Destacaria as entradas de Hernâni e Adrian que pouco ajudaram. Tanto um com outro falharam redondamente a tarefa de segurar mais o jogo e tentar levá-lo para o meio campo ofensivo. Também tiveram pouco tempo...
Siga para a décima oitava! E com a dupla Militão e Diogo Leite! (já sei que vai jogar Mbemba mas não custa sonhar...)
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