Treze




Obrigado ao Prata e ao FCPorto por facilitarem o título da crónica! Esperemos que continue assim tão fácil nos próximos tempos…

Fácil é o que não foi o jogo para o nosso clube. O onze apresentado por Sérgio Conceição, tendo por base o último do campeonato, teve uma meia-surpresa: depois da desconsideração da substituição de Oliver ainda na primeira parte, não contava que tornasse a ser opção neste jogo. Ele, que apareceu com outras funções face ao último jogo no Dragão, colocando-se muito mais perto de Danilo e deixando o primeiro apoio aos avançados para Herrera. Corona tornou a ocupar a lateral defensiva proporcionando outro tipo de soluções ofensivas à equipa mas, defensivamente, traz outro tipo de preocupações. Ainda comparando com o último jogo no Dragão, foi Marega que jogou mais descaído para a direita mas fletindo muito para o meio para Corona explorar o flanco.

E desta vez até entramos bem na partida, conseguimos muitos cantos, tivemos sempre muito perto da baliza adversária e até o golo anulado a Soares dava a sensação que o golo podia surgir a qualquer instante. No entanto, as constantes paragens, fosse para assistir os adversários ou para consultar o VAR, quebravam constantemente o ritmo da partida e, já antes do golo inaugural, o Santa Clara já mostrava algum afoito (belo termo!) quando Militão sacou uma bola que se encaminhava para a nossa baliza.

Apesar de arriscarmos muito mais pela ala direita com Corona projetado ofensivamente e obrigando Felipe a atenções redobradas, foi pelo nosso flanco esquerdo que o Santa Clara criou as melhores situações. No tal lance que Militão evitou e no golo sofrido. Oliver ainda foi à dobra mas sem a intensidade que o estava a caracterizar até então na recuperação da bola, permitindo o cruzamento e a bola ainda sofreu nele um ligeiro desvio que deixou sem reação a defensiva do Porto, servindo de atenuante à marcação de Felipe.

Otávio salta para aquecimento e o que passa pela cabeça é que «talvez Oliver se livre de nova substituição na primeira parte mas do intervalo não passa se isto continua assim». Não continuou ‘assim’, o Porto reagiu bem, chegou ao empate após grande remate de Oliver mas não o livrou de nova saída. É claramente o elo mais fraco para Conceição. Não deve ser fácil para um jogador saber que após dois ou três erros está logo na calha para ser substituído…

Otávio assume a ala direita, Soares e Marega ficam mais juntos na frente e as despesas do corredor central para Herrera e Danilo. Tivemos a felicidade de marcar dentro do primeiro quarto-de-hora e podíamos ter ficado bem mais descansados se Brahimi concretiza, logo a seguir, a grande iniciativa individual após passe sublime de calcanhar de Soares.

A partir daí, nunca tivemos o controlo do jogo e foi preciso ter um Iker tranquilo e seguro mesmo a sair dos postes. Não sei porquê mas teimamos em fazer faltas estúpidas já perto da área quando os nossos adversários estão de costas para a baliza. E foi assim que terminou a partida, com um livre lateral a terminar uma partida de sofrimento,

É algo preocupante como não conseguimos controlar melhor a partida quando estamos em vantagem, foi assim na Turquia mas aí demos a desculpa dos elementos utilizados menos rotinados; neste caso, vamos dar a desculpa do cansaço e do estado do terreno que também não favorecia a nossa forma de jogar.

Os destaques vão para a dupla Iker e Felipe na defesa e Marega e Soares na frente. Tendo em conta o golo (bem) anulado, o golo marcado, a ação preponderante no segundo golo e até aquele toque de calcanhar para a melhor oportunidade na segunda parte, dou o MVP a Soares.

A equipa precisa mesmo de descansar mas a má notícia é que, a eliminar, temos já um jogo na terça e, outro, no domingo… A boa notícia é que são ambos no Dragão e aí o Mar Azul pode ajudar a esta corrente vitoriosa!

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