Melhor
Não será caso para grandes euforias, mas
parece que o 'chicote' fez algum efeito! Pouco se tinha notado no jogo
com o Arouca, mas hoje já se viu qualquer 'coisinha'. As trapalhadas não
desapareceram e continuamos a ter uma equipa capaz de sofrer três golos
em 5 minutos, tal como podia ter acontecido no início da segunda parte.
Se tivéssemos sofrido um golo que fosse, nessa altura, poderia estar
neste momento a fazer outra crónica, visto que ainda não estamos curados
em termos anímicos. Mas houve sinais positivos. Não tivemos receio de
mandar no jogo perante um adversário mais forte e podíamos ter marcado
mais golos, não fosse a grande precipitação dos nossos jogadores no
último passe ou no remate. Outro fenómeno foi o facto de termos ensaiado
um posicionamento do meio-campo diferente. Viu-se muito mais do que no
Domingo. Reparem que Defour
já parece melhor porque faz o que tem de melhor: joga em alta rotação e
morde os calcanhares dos adversários em pressão adiantada. Eu até
prefiro Defour, mas Herrera também poderá beneficiar deste novo desenho. Não podíamos continuar a ter jogadores presos a um desenho conservador quando eles têm características
de mobilidade constante. Os treinadores têm ideias próprias que os
definem, mas não podem desenvolver esquemas que claramente limitam as
capacidades dos seus jogadores. Nesse aspecto Luís Castro está a ser
mais inteligente. Convém, no entanto, dizer que não era difícil perceber
que a solução imediata passava por aí.
Entrámos bem no jogo apesar de um ou dois pequenos calafrios iniciais na saída de jogo. A qualidade de Quaresma e Danilo em ataque organizado e as cavalgadas com
bola de Carlos Eduardo ajudaram a pôr a defesa do Nápoles em sentido.
Ao intervalo a vantagem seria justificada. A entrada na segunda parte
fazia prever a continuidade, mas em cinco minutos o Nápoles teve três
oportunidades claríssimas.
Ao contrário do que é habitual a reacção foi com um golo. Nada melhor
para 'exorcisar os demónios'. A partir daí e perante a valia do
adversário, demos o controlo do jogo reforçando as armas para a saída
rápida com Quintero no lançamento e Ghilas para aparecer nas costas da defesa. Quase que éramos premiados com o segundo golo.
Individualmente, gostei de Defour, Quaresma e Danilo. O MVP
para mim é Quaresma. Tem aquele acrescento de qualidade que faz com que
uma equipa, por mal que esteja, possa marcar a qualquer altura. Gostei
da primeira parte de Carlos Eduardo e das entradas de Quintero e Ghilas. Maicon
esteve bem melhor do que nos últimos jogos, mas ainda está longe do que
pode valer. Pela negativa algumas confusões na saída de bola de Mangala e Fernando e a fraca forma em que se mantém Alex Sandro.
É dos nossos melhores jogadores e precisámos dele noutro nível. No
entanto, o amarelo que o tira da segunda volta é um erro do árbitro que
se somou à má anulação de um golo na primeira parte.
Comentários
agora vem aí os jogos fora, vamos ver até que ponto os níveis de confiança já voltaram ao normal... mesmo assim estou mais optimista para alvalade, não tanto para a 2ª mão
Neste jogo tivemos aquela pontinha de sorte de marcar num lance imediatamente a seguir a 3 oportunidades escandalosas desperdiçadas pelos italianos... nós também tivemos as nossas como a grande defesa do Reina ao remate do Jackson, o golo anulado, ou a bola ao poste do Quintero... mas o golo, naquele momento, foi aquela estrelinha que dá sempre tanto jeito...