Adeus Adriaanse...
Minimamente refeito do choque, serve o presente post para correr mais um pouco de tinta sobre o assunto que vai dominar muitas conversas ao longo do ano. Vamos dizer e ouvir muitas vezes: “Com o Adriaanse, o Quaresma fez uma época espectacular, agora que voltou a usar brincos e anéis já só quer a bola (outra vez) só para ele”; “Com o cabrão do holandês já ‘tavamos’ a levar 3 ao intervalo nestes jogos europeus”. Enfim, para o bem ou para o mal, não vão faltar argumentos.
Como vocês sabem (e basta ler os posts anteriores) adorava o Co Adriaanse. Grande carácter, trouxe uma lufada de ar fresco ao nosso Porto e ao campeonato português. Desde o início mostrou logo ao que vinha, quem não se lembra quando visitou o balneário e mandou retirar os posters das gajas nos cacifos? Quando num passeio de bicicleta, o Baía perdeu os óculos de sol e queria voltar atrás procurá-los e ele disse que o caminho era em frente e nunca para trás? Quando obrigou o Quaresma a comportar-se como um bom menino sem as jóias que o caracterizavam? Quando teve a coragem de encostar o Jorge Costa? Quando criticou os castigos de 5 em 5 amarelos por apenas 1 jogo?
Adriaanse nunca foi um treinador dos sócios porque dizia o que pensava e não o que nós (sócios) queríamos ouvir: nunca justificou as derrotas com arbitragens, criticava quando tinha de criticar, elogiava quando tinha de elogiar e não me lembro de entrar em subterfúgios até mesmo quando perdeu com o Artmedia em casa quando disse que estava envergonhado com o resultado.
Muitas coisas serão lembradas, mas para além da dobradinha há uma coisa que não nos vamos esquecer: a táctica ‘suicida’ do 3x3x4 ou 3x4x3! E quando alguma equipa a usar vamos dizer "É a táctica do Co".
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