Nova época!


Estamos de regresso aos artigos. Tivemos aqui um interregno motivado por uma associação de factores como férias, férias e também férias. Obviamente não estivemos desatentos e sabemos que estamos a dever 2 crónicas aos nossos leitores, isto sem contar com os jogos de pré-temporada. Tentarei resolver a coisa com dois breves parágrafos por jogo, precedidos de um outro para os jogos da pré-temporada:

- Jogos de pré temporada:

Começámos bem com uma exibição interessante nos primeiros 40 minutos do jogo com o Portimonense. A equipa tremeu um pouco com os dois golos sofridos de rajada e isso acabou por ditar um mau resultado.  Mas pior que o resultado foi a entrevista de Sérgio Conceição no final. Essa exposição desnecessária das nossas limitações acabou por marcar todos os jogos que se seguiram, até que, finalmente, voltámos a mostrar qualquer coisa na segunda parte com o Newcastle.

Individualmente, gostei do facto de a pré-época ter permitido expor as limitações de alguns dos jogadores entretanto dispensados. Se tivesse de destacar algum jogador pela positiva diria Marega e Oliver e pela negativa os dispensados, Chidozie e Hernani.

- Supertaça:

Os basculantes foram a Aveiro ajudar a conquistar mais um 'caneco' na nossa Taça fetiche. O jogo foi marcado pela ausência de Marega e pela agressividade competitiva do Aves (vamos chamar-lhe assim...). O FCPorto acabou por reagir às contrariedades da primeira parte, nem sempre bem, mas demonstrando que a vontade de vencer se mantem intacta desde a época anterior. Nem sempre bem porque acho que a reacção foi demasiado emocional, tendo exposto a equipa a mais golos sofridos. Deu a ideia que a seguir a cada contratempo, a equipa entrava numa pequena fase de desconcentração que resultava imediatamente em oportunidade de perigo para o adversário. Basta ver quando foram as oportunidades de golo do Aves e notar que imediatamente antes tivemos o golo sofrido, a lesão de Brahimi ou a cotovelada a Herrera. Com isto pretendo dizer que podemos usar o conforto destes dois títulos para buscar mais equilíbrio nas emoções dentro do jogo. E isto sem perder a fúria de vencer que sempre vemos na equipa de Sérgio Conceição. Se for possível...

Individualmente não gostei nada da exibição de Sérgio Oliveira. Nota má. Pelo contrário gostei muito da exibição de Herrera e da entrada de Corona. Mas o MVP vai para Maxi que juntou a boa exibição ao golo que desbloqueou o jogo. Otávio melhorou muito na segunda parte. Registei também com agrado, as estreias seguras de Diogo Leite e de André Pereira que não tremeram.

- Estreia na liga contra o Chaves:

Tendo em consideração que pré-época não foi famosa e que o jogo com o Aves esteve tremido, não seria fácil de antecipar o que se passou no jogo com o Chaves. Foi uma exibição portentosa que fez lembrar o arranque do ano passado. Mas esse arranque seguiu-se a uma pré-época melhor, com uma equipa mais estabilizada e numa sequência lógica de uma equipa em clara evolução. Aqui tínhamos um plantel em constante tumulto, miúdos de 19 e 21 anos a substituir Marcano e Marega, tínhamos o Brahimi com um treino durante a semana anterior e ainda com Danilo e Soares no estaleiro. A equipa respondeu muito bem, com Sérgio a manter o esquema geral do ano passado. Beficiámos muito do rendimento de Otávio e Brahimi a que se juntou o dinamismo habitual de Herrera e Sérgio Oliveira. Muita troca posicional, muita magia e alguns golos. Apenas alguns porque ficaram outros tantos por marcar. Ótimo arranque na Liga e um bom 'statement' para os adversários irem contando com um grande FCPorto.

Individualmente, dou o MVP a Brahimi mas deu vontade de dar um prémio conjunto a 5 elementos, visto que Otávio, Sérgio Oliveira, Herrera e Aboubakar também estiveram muito bem. Destaque para nova entrada de Corona, que continua a bater à porta da titularidade, e para os miúdos que continuam a demonstrar grande fibra nesta prova de fogo que estão a enfrentar. Até deu para Marius marcar. Só tenho notas boas e uma ausência de nota para Cassillas que apenas assistiu ao jogo.

Resumindo, pré-época acidentada e com resultados pífios compensados pela reação verificada na conquista do primeiro título da época, mas sobretudo na excelente exibição na estreia no Dragão. Apesar das contrariedades seguimos fortes!

PS: Pretendemos abordar os percalços da pré-época em artigo próprio a sair já depois do fecho de mercado. Assim poderemos ser mais justos porque, se fizéssemos agora, iam sair críticas em todas as direcções...

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