Ideias breves sobre a Taça


Foi um jogo sem história por dois motivos. Por um lado não foi possível ao adversário dispor da sua maior arma, que é o pelado ou sintético minúsculo em que as equipas deste escalão jogam. Por outro lado, esta regra absurda de que os clubes têm de usar um mínimo de 8 jogadores que jogaram no últimos três jogos. No caso do FCPorto foram três jogos importantíssimos em que não houve grande margem para poupanças. Disto resultou que tivemos jogadores de distritais a enfrentar jogadores como Brahimi. Isto não beneficia ninguém. As possibilidades de 'haver taça' são cada vez mais remotas e o FCPorto perde a oportunidade de fazer descansar todos os seus melhores jogadores para o crucial embate de terça-feira. E seguimos com este experimentalismo legislativo das instâncias federativas. A tentarem imiscuir-se na gestão de plantel dos clubes sem proveito algum para ninguém. Mais vale estar quieto...

Individualmente, não tenho grandes destaques a não ser as caras novas. Comecemos por Dalot. Sempre que aparece um talento destes, os adeptos entram em histerismos e já deve haver gente a pedir que se venda Layun e Maxi no Mercado de Inverno e Ricardo Pereira no Verão. Eu, que acompanho as camadas jovens há anos, até costumo embarcar nessas ondas. Por isso, aqui vai: Dalot parece ter condições para ser opção válida para o plantel já na próxima época. É apenas uma questão de tempo até se afirmar como titular do FCPorto. Quanto mais cedo melhor, porque, talentos destes, não costumam ficar no futebol português muito tempo. Galeno é um caso diferente. É fundamental na equipa B e tem uma velocidade estonteante. Mas acho que foi um erro não se tentar colocá-lo na primeira liga. O que faz agora já fazia no ano passado e assim não evolui. Precisa desse teste para ser uma opção de relevo e útil para Sérgio Conceição. No jogo de sexta-feira entrou bem e até esteve melhor que Hernâni. Jorge Fernandes não teve trabalho e é um jogador que é presença habitual nos treinos da equipa principal. Mas na B terá que trabalhar bastante porque a dupla de Diogos tem dado garantias e podem ultrapassá-lo. Por último, Luizão. Quando vi que ia entrar fiquei logo aborrecido. Lembrei-me de Inácio no ano passado e pensei logo: «algum empresário está a fazer dinheiro com esta opção». Quem segue a equipa B, percebe a preponderância que Fede Varela tem e que é claramente o jogador de meio campo que está mais perto da equipa principal. Luizão chegou agora e passado dois meses já se estreia sem ter feito muito por isso. Estranhei muito esta opção.

Este jogo foi apenas uma formalidade. Venha a Champions em mais uma deslocação de dificuldade máxima. Uma vitória, quase que elimina este adversário.

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