De festa em festa
Tenho a impressão a festa de ontem não será a última da época. Se calhar por isso é que estou pensar seriamente em gastar 750 euros num dia para ver a final de Dublin. Este FCPorto merece sacrifícios. É uma equipa que vai ser recordada por muitos anos. Não conseguiu as 28 vitórias, mas mantém um registo absolutamente impensável e, se calhar, irrepetível.
Mas vamos ao jogo. Tudo o que podia correr mal correu. Festival de golos falhados, um golo oferecido, péssima arbitragem, lesão de João Moutinho e para terminar um golo do empate daqueles que saem uma vez na vida. Dou especial destaque à amostra de Colina que esteve ontem no Dragão. Tem futuro. Brilhante a forma com em 30 segundos transforma um 4-1 num 3-2. Quem também tem futuro é o miudo emprestado pelos vermelhos ao Paços. Tentou um número à Javi Garcia. Esqueceu-se é que joga no Paços e foi expulso. Se chegar a voltar ao clube base pode ser que possa aplicar este número sem ser admoestado... São jogos destes que que nos fazem dar valor aos feitos deste ano. É que mesmo com esta quantidade de contrariedades mantemos viva a invencibilidade. É obra! E ainda tivemos hipótese de ganhar nos últimos minutos!
Individualmente, gostei de Hulk. Grande jogo apesar de ter complicado em alguns lances. Depois houve o Falcao do costume e um James que será um dos destaques do próximo campeonato. Gostei bastante do regresso de Belluschi. Vai ser importante nos próximos jogos. Pela negativa os dois centrais. Um oferece um golo e o outro ficou a assistir de cadeirão enquanto se marcavam os outros dois.
Segue-se uma rara semana sem jogo a meio. Descansem que há muito festejo para fazer nas próximas semanas!
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Estádio quase cheio, 48.309 espectadores, grande ambiente, grande entusiasmo, clima de festa, que teve pontos altos com a entrega do Troféu de Campeão, aos capitães Helton, Mariano e Falcao; e com o desfile dos Campeões Nacionais de Juniores de futebol e dos Campeões de Nacionais de Andebol. Enfim, estavam reunidas todas as condições para mais uma noite de alegria e o F.C.Porto se despedisse do público do Dragão, naquele que era o último jogo em casa, com mais uma vitória - e como merecia a equipa portista ter ganho este jogo!
Jogando bem e em vários períodos muito bem, o conjunto de André Villas-Boas, apesar do grande desgaste que tem sofrido, encarou o jogo com todo o profissionalismo, empenho, motivação e com jogadas lindas, triangulações fantásticas, conseguiu empolgar a sua massa adepta e chegar ao intervalo a vencer por 2-0, com golos de Falcao aos 4 e Hulk aos 42. Era um resultado certo e era o corolário de uma exibição muito bem conseguida, perante um adversário que mostrou atributos e justificou ter sido, até certa altura da época, a equipa sensação do campeonato.
Nem com o golo da equipa do Paços, no início da segunda-parte e num erro crasso de Rolando - atenção ao excesso de confiança...-, a equipa Campeã se perturbou, perdeu élan, abanou. Não, antes pelo contrário, reagiu, foi logo para a frente e rapidamente, com novo golo de Falcao, colocou a vantagem novamente em dois golos, diferença que espelhava o que se passava em campo. Só que 5 minutos após o golo do colombiano, resolveu entrar em cena um palhaço careca, que não estava convidado para a festa, muito menos para ser protagonista da festa.
Com a ajuda do seu auxiliar do lado dos bancos - é, mesmo nas barbas da tal pressão que falava o calimero Couceiro (seria o Braga ou o Parente?) -, Cosme Machado, o tal que há tempos atrás cometeu a heresia de auto-intitular o Colina português, primeiro não marcou um penalty sobre Hulk e não contente, validou o golo da equipa pacense, num fora-de-jogo que só um cego não via. Aliás, o mesmo cego, já na primeira-parte, tinha cortado uma jogada legal a James, que ficava completamente isolado para a baliza. Como se não bastasse este golo falso, uma entrada de um benfiquista aziado, Nélson Oliveira, sobre J.Moutinho, que obrigou o número 8 portista a sair de maca - felizmente a lesão não é tão grave como se temeu...-, fez a equipa portista abalar, tomar cautelas, arriscar menos, tocar mais a bola, não ser tão objectiva na procura do golo. Mas mesmo assim, o jogo estava controlado e esperava-se o 4-2, quando Pizzi - excelente jogo e três golos para mais tarde recordar -, arrancou um remate fortíssimo, ainda longe da áerea e colocou o resultado num injusto 3-3, resultado que pelo que fez durante os 90 minutos, a equipa portista não merecia. Mas quando três tristes palhacitos, querem ser figuras, às vezes a verdade de um jogo fica desvirtuada.
Um abraço
Depois do que vi ontem, acho que vai ser muito complicado acabar o campeonato sem derrotas.
PS. Um golo precedido de jogada com duplo fora de jogo é coisa rara, senão inédita! Impressionante