A escola de Samba

A política de contratações no FCPorto tem sido por fases ou até mesmo por paradigmas. Agora estamos virados para o Brasil. Não deixa de ser um clássico mercado para o futebol Português e a prospecção no Brasil é sempre um bom pretexto para umas férias retemperadoras. E sempre se pode convencer as esposas de que se trata de uma viagem de trabalho... Até aqui tudo normal. Mas de há uns anos para trás tinha ficado com a ideia que tínhamos ficado bem mais comedidos nas nossas investidas na terra do samba. E até tem corrido bem visto que dos Brasileiros que temos no plantel só Maicon não é titular. Este ano parece que voltámos a pescar por arrasto. Começo a ouvir que Souza fez uma época terrível depois de uma lesão que interrompeu a sua ascensão. Walter falta aos treinos para forçar a transferência e Kleber parece que vai pelo mesmo caminho no Marítimo. Tudo dramas próprios daquelas paragens e que fizeram com que Pedroto se saísse com uma das suas sábias tiradas «Dois brasileiros juntos são uma escola de samba». Não se pode estar a pôr em causa a qualidade dos jogadores sem dados objectivos e apenas baseados em rumores mas o que me preocupa é a constante mudança de paradigma. Há dois anos Antero dizia que eram os argentinos que personificavam a garra e coragem que um jogador à FCPorto tem de ter. Logo se tentou inverter para a contratação de jovens portugueses com margem de progressão. E logo se voltou ao mercado Argentino com as perdas de Lucho e Lisandro. Isto não pode ser por fases ou por paradigmas, ou por nacionalidades ou pelo empresário com quem nos damos bem na altura. Tem de haver análise técnica do Jesualdo ou do Villas Boas. Será que há?