Montanha Russa
Já tinham saudades de um trocadilho básico no título dos posts? Eu tinha...
O conceito é que a exibição teve muitos altos e baixos, oscilando entre satisfação, sustos, ilusões e desilusões. Comecemos por uma ilusão. Eu adorei o onze inicial. Bastaria a colocação de Oliver, mas houve ainda a inclusão de uma dose reforçada de fantasia com Corona. Era expectável que o FCPorto fizesse uma exibição melhor e com muito mais ideias que a anterior no estádio da Luz. Já sei que não era difícil... De facto veio a confirmar-se. Ao contrário do que se disse nos habitualmente fracos comentários da TVI, o efeito de Oliver fez-se notar de imediato e tivemos um FCPorto com mais bola e com muito mais qualidade na posse. Conseguimos também manter a habitual pressão forte sobre a primeira fase de construção do adversário, estratégia assente sobretudo no posicionamento e no trabalho de Herrera. Mas se isso correu bem melhor, não estava à espera de perder segurança defensiva. Nesse campo, Sérgio Conceição esteve muito bem no rescaldo e centrou aquilo nos erros individuais. Concordo. Não senti a equipa mal posicionada defensivamente. Mas sentiu-se de sobremaneira o nervosismo e os erros individuais muito pouco habituais. Ontem vimos coisas nunca vistas: Alex a fazer erros atrás de erros; Militão a dar um golo ao adversário; e Iker, depois de uma excelente defesa no penalti, a defender para a frente um remate aparentemente fácil, em que fomos ajudados pelo erro do liner. Até Oliver e Danilo falharam alguns passes comprometedores. Não serão tão surpreendentes as paragens de cérebro de Felipe e as ausências de Maxi por atraso na recuperação. A questão é que tivemos isto tudo num só jogo de Champions, na casa do adversário, e conseguimos ganhar! Como foi possível? A minha opinião é que apesar dos erros defensivos, a equipa foi buscando conforto no facto de estar a conseguir ter bola e criar muitos problemas na defensiva adversária.
E foi assim o jogo. A cada erro de palmatória dos nossos jogadores mais recuados, a equipa tremia. Mas a qualidade de posse de bola e o pânico causado pelas investidas dos nossos alas foram colocando o adversário em alerta e garantindo serenidade através dos golos. Por falar em golos, outra coisa nunca vista e dificilmente antecipável: Marega a marcar penaltis. Dificilmente poderei dizer que já vi de tudo no futebol mas, a cada acontecimento destes, sinto que estou cada vez mais perto... Mas esse golo 'caiu do céu'. Os golos mais bonitos foram os outros. Brincando um pouco, diria que o segundo golo é um golo de um FCPorto à Oliver e que o terceiro foi um golo de um FCPorto à Sérgio Conceição. Será que poderemos contar com uma fusão num FCPorto só? Estaremos atentos aos próximos capítulos...
Individualmente, gostei muito de três jogadores: Danilo, Oliver e Corona. Opto por dar o MVP ao Danilo porque adiciona ao nível exibicional a sua presença em campo, que faz com que seja um verdadeiro líder. Oliver teve o impacto no nosso jogo e na nossa qualidade de posse, por mim esperado. Julgo que poderá evoluir mas foi já uma 'estreia' bem satisfatória. Corona esteve nos dois últimos golos, sendo decisivo para o resultado. Pela negativa vou destacar dois jogadores; Alex Telles e Marega. O primeiro representa na perfeição o desnorte da equipa do FCPorto. Alex esteve absolutamente irreconhecível e o penalti é o maior exemplo. Mas está longe de ser o único. Marega esteve muito desinspirado. Num jogo em que os seus municiadores estiveram todos em bom nível, não deixa de ser estranho termos visto um Marega faltoso, trapalhão e longe da definição. Continuando assim, já estou a ver um FCPorto com Soares no seu lugar... Gostaria de terminar com Herrera. Jogou numa posição semelhante à que tinha jogado na Luz. É certo que correu bem melhor. Marca um dos golos, arranca uma expulsão e esteve muito bem na pressão aos defesas contrários. Mas não será possível ter isso e ter um jogador que acerte mais passes e que perca menos a bolas por erros técnicos? Teremos mesmo de sacrificar uma coisa para ter outra? Temos repetido aqui muitas vezes: quanto mais avançado joga o Herrera, mais se notam as suas limitações... Destaque final para as boas soluções que vieram do banco, sobretudo André Pereira.
O último jogo colocou-nos atrás, novamente. Não nos resta outra alternativa se não a de ganhar todos os próximos jogos do campeonato. No Dragão até se exige que continuemos a dar os bons sinais que já vimos com o Tondela e os de hoje, já agora. Estou obviamentea falar de Oliver...
Comentários
Nada de novo, é o fraco posicionamento defensivo dele, não costuma dar golo, mas desta vez deu...