Que curioso... também já tiveram desgostos!
Com uma semana onde os motivos de destaque são apenas os salários em atraso das equipas que vamos defrontar esta semana, decidimos virar agulhas para outras curiosidades e fazer uma viagem no tempo para descobrir (novas) velhas histórias.
A primeira ainda tem a ver com Old Trafford, só porque lá jogamos há pouco tempo e foi lá que a nossa Selecção venceu a Hungria em 66. Também lá venceu a Bulgária mas isso agora não é para aqui chamado. A segunda, e a que dá nome ao título da crónica, é dedicada a todos aqueles que na passada quarta-feira vestiram a camisola vermelha e celebraram o desgosto portista. Esta história irá lembrá-los que também já tiveram desgostos, e não, não vou falar do Olympiakos, Galatasaray ou Metalist, vou recordar uma ocasião em que também eles conseguiram um resultado prometedor na 1ª mão e depois... bem, já lá chegamos.
Old Trafford, 13 de Julho de 1966, Portugal defronta a Hungria. No aquecimento das equipas, as pessoas sobressaltam-se quando se apercebem que o (impronunciável Szentmihalyi) guarda-redes húngaro bate com a cabeça no poste ao tentar defender um remate do seu treinador. Szentmihalyi fica semi-inconsciente e é assistido durante largos minutos, o jogador quer mesmo actuar e já com atraso considerável começa a partida. Acelerando os factos: aos 2m, má saída de Szentmihalyi e José Augusto cabeceia fácil para o fundo das redes; já na 2ª parte, com 1-1 no marcador, José Augusto ao tentar cruzar leva a bola a encaminhar-se para a baliza perante a passividade do guarda-redes; quase no fim, nova falha de (é sempre bom tentar ler este nome) Szentmihalyi, e Torres faz o 3-1 final. Como podem ver, há quem consiga ser feliz em Old Trafford, basta um redes desmaiado...
Old Trafford, 13 de Julho de 1966, Portugal defronta a Hungria. No aquecimento das equipas, as pessoas sobressaltam-se quando se apercebem que o (impronunciável Szentmihalyi) guarda-redes húngaro bate com a cabeça no poste ao tentar defender um remate do seu treinador. Szentmihalyi fica semi-inconsciente e é assistido durante largos minutos, o jogador quer mesmo actuar e já com atraso considerável começa a partida. Acelerando os factos: aos 2m, má saída de Szentmihalyi e José Augusto cabeceia fácil para o fundo das redes; já na 2ª parte, com 1-1 no marcador, José Augusto ao tentar cruzar leva a bola a encaminhar-se para a baliza perante a passividade do guarda-redes; quase no fim, nova falha de (é sempre bom tentar ler este nome) Szentmihalyi, e Torres faz o 3-1 final. Como podem ver, há quem consiga ser feliz em Old Trafford, basta um redes desmaiado...
Agora o momento por qual todos esperam e escusam de pensar mais na eliminatória, até nem foi a assim tanto tempo, ora vejamos, isto passa-se em... 1962! É verdade, em 1962 o Benfica conseguiu um resultado prometedor na 1ª mão quando só perdeu 3-2 contra o Santos no Maracanã (a Taça Intercontinental jogava-se a duas mãos). Muita expectativa criada sobre o 2º jogo e o Estádio da Luz acreditava que Eusébio e Cª conquistariam a Taça Intercontinental. Acelerando novamente os factos: ponta final tremenda dos vermelhos, aos 83m golo de Eusébio e reduz para 1-5 e aos 89m golo de Simões colocando os brasileiros em sentido com o 2-5 final.
Comentários
Talvez só uma equipa a conseguiu e, pelos vistos, por duas vezes... mas nada de significativo... pelos menos para os jornais desportivos que registaram essa efemeridade desportiva no dia seguinte... à excepção, obviamente, do "Jogo"...
PPOOOORRRRTTTOOOOOOO!!!
Quanto à primeira curiosidade, fiquei surpreendido, dado até ser um entendido nessas coisas dos Mundiais e nos resumos que vi, apenas referem que esmagamos por 3-1 a poderossíssima Hungria... :)
Confesso que as tuas crónicas atingiram uma bitola muito difícil de manter! (pressão positiva)
Eu pensava que a maior parte dos benfiquistas e jornaleiros do sul, nos jogos internacionais torciam sempre pelo clube com sede em Portugal... E era! Lol
Os artigos recentes do Cervan e do Ricardo Araújo Pereira não passam da mais pura dor de cotovelo. Vejamos até onde vai a insanidade dos senhores. Um tenta individualizar um esforço colectivo na pessoa de Jesualdo, muito provavelmente por ter estado ligado muito tempo ao Benfica. Pasmem-se. Ainda há uns anos usaram o Mourinho para despachar este monstro do saber e da táctica... Ridículo!
Quanto ao RAP vou mais longe porque reconheço que é um tipo esperto e provavelmente muito mais culto que eu. Mas de facto o futebol reduz certas pessoas à sua mais primária. O raciocínio desta semana tem no máximo a coerência de um trolha ou de um taxista. Há tempos fui aqui e, pela primeira vez, muito criticado por um artigo em que reclamava a falta de capacidade dos gato fedorento para produzir humor sobre o futebol na sua globalidade. Havia coisas a gozar com o FCPorto, com o Valentim e com o Paulo Bento. Se o primeiro tema parecia ter sempre intenções ocultas por trás, os seguintes estavam unicamente assentes na excelente imitação se se fazia dessas figuras. Criticaram. Eles têm direito a fazer o que querem, como se fosse isso que estava em causa. O que eu percebia na altura era que aquilo estava a ser utilizado como descarga das imensas frustrações que assolam os nossos adversários e como tal deixei de ver. O tempo e estes artigos de RAP vieram dar-me razão. Nas últimas semanas e desde que a sua equipa veio por aí a baixo o moço apenas escreveu um artigo sobre o seu clube e a propósito da Taça da Liga. De restos visou Apito Dourado, António Tavares Teles, acusando-o de suposto jornalista quando há anos que escreve praticamente só artigos de opinião, e Miguel Sousa Tavares que já lhe respondeu tal como o FCPorto através do inócuo Labaredas.
Mas desta vez é por demais. Não é que compara a remarcação do jogo do Estoril com a remarcação de um jogo para as competições europeias do Lille? Será que essa remarcação garantiu ao adversário do Lille ter 98% de adeptos seus nesse jogo? Depois vem falar do humilhante empate infligido ao United. Se há coisa que os portistas fizeram foi enaltecer a exibição e não o resultado. Por muito que jogue com as palavras isto são apenas conclusões da sua cabecinha deturpada em termos futebolísticos. Ficámos orgulhosos porque conseguimo-nos bater de igual para igual. E isto no conjunto dos jogos porque no primeiro jogámos o suficiente para vencer. Mas tal como disse Jesualdo não nos alegram vitórias morais. Parece que o Ricardo se alegra com a vitória do Manchester. Ora isso não é exactamente vitória moral. Será mais uma vitória virtual. Pensa o Ricardo: «se ao menos recuássemos ao tempo do futebol a preto e branco, até poderia ser a pantera negra a infligir o petardo do meio da rua...» Mas o melhor de tudo vem no final. Argumentando o excessivo elogio da política desportiva de um clube que se bateu com outro que tem um orçamento várias vezes superior com esta tentativa de ironia:«Não li uma palavra sobre a estrutura do Manchester, a organização do Malcolm Glazer, a gestão desportiva da SAD do United— que, confesso, nem sei se existe. Tudo uma questão de perspectiva.» Ora aí está. É mesmo uma questão de perspectiva ou até de método. Eu para escrever sobre futebol não desligo o cérebro...
Podem ler a crónica do gatinho aqui:
http://ricardoaraujopereira.blogs.sapo.pt/
O Santos era a Selecção do Brasil!!!
Não era o Onze Caldas...
Assim vou falando
Facílimo! :D