Ufa!
O jogo de sexta-feira tinha tudo para dar asneira. As selecções, as lesões e a habitual gestão do plantel nestes jogos que antecedem jogos importantes da Champions, afectam a forma de jogar de qualquer equipa. Ainda por cima era um jogo de Taça de Portugal. Para ajudar, o Portimonense voltou a demonstrar, no Dragão, ser uma equipa que parece talhada para nos causar problemas defensivos. Para terminar, não pude ver o jogo no Dragão e a solução que arranjei para ver o jogo, ia caindo regularmente e caiu de vez após o segundo golo do Portimonense. Tudo a ajudar... Valeu a nossa já habitual, mas que não deixa de ser surpreendente, capacidade em transformar a garra em golos, que chegaram de forma épica no período de compensação.
Voltemos ao início. A equipa entrou no jogo de forma um pouco mais dócil do que nos é habitual. Ainda assim, marcámos logo um golo e criámos várias outras oportunidades para tornar o resultado mais confortável. Como não concretizámos, e como o Portimonense conseguiu fazer tudo o que queria no ataque, a equipa acabou por tremer. De tal forma, que o resultado certo ao intervalo seria um empate com mais golos. Na segunda parte controlámos melhor o adversário, mas passámos a criar menos perigo. O segundo golo do Portimonense é um golo típico sofrido em jogos no Dragão. Um remate de longe, num momento em que a equipa parecia estar melhor posicionada para contra atacar do que para defender. Pensei que estava feito, porque esse golo surgiu numa altura em que o Portimonense já não estava com capacidade para chegar lá à frente, como tinha demonstrado na primeira parte. Ia ser um daqueles jogos em que se iria perder metade do tempo em lesões do adversário e em que íamos ter 10 oportunidades de golo até ao final sem que a bola entrasse. Não se cumpriu nem uma coisa nem outra. Por um lado, o tempo que se perdeu foi justamente compensado com 7 minutos adicionais. Por outro, apesar da expulsão, o FCPorto não conseguiu arranjar muitas oportunidades de golo, mas conseguiu arranjar forças para ir buscar a vitória nos 7 minutos na compensação. Épica vitória e um valente susto!
Individualmente, tenho dificuldade em escolher o MVP. Pode ser o Alex Telles porque está em dois dos nossos golos. Gostaria no entanto de destacar Oliver, mais concretamente o seu posicionamento mais perto de Danilo do que de Aboubakar. De tal resultou uma exibição apenas regular de Oliver e uma má exibição de André André que continua com uma enorme dificuldade em desempenhar aquela função híbrida. E na Turquia? Teremos o regresso de Herrera para a posição em que jogou Oliver ou para a posição em que jogou André André? E quem sai da equipa? Julgo que o Sérgio vai optar pelo Herrera e pelo André André, mas nesse caso, voltaremos a ter o André em subrendimento. Não teria sido melhor testar o Oliver numa posição mais adiantada? Casillas voltou com uma exibição regular, como seria de esperar. É de valorizar aquele discurso no grito final e tal poderá indiciar a manutenção da titularidade na Turquia. Destaque negativo para Felipe que está a inventar bastante e sobretudo para Ricardo Pereira que esteve a dormir durante toda a primeira parte. Hernani, quando for dispensado em Janeiro, não se poderá queixar de falta de oportunidades. Até deslocaram o Corona do seu flanco para que o menino pudesse jogar na sua posição... Um último destaque para a estreia de André Pereira. Não tremeu, mas está bem longe do potencial de Galeno, Rui Pedro ou Gonçalo Paciência.
Na terça-feira, o jogo é a horas proibitivas para mim e para muitos. vou tentar isolar-me do mundo e puxar atrás ao chegar a casa. Aviso portanto família e amigos que vou ter o telefone desligado.
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