Mais dois pontos!
Já sabíamos que o jogo era complicado, já lá vão 124 anos de
história e só tínhamos ganhado por uma vez em Tondela! Já sei que os ‘haters’
vão dizer que só lá fomos jogar duas vezes…
Tirando dados estatísticos e analisando o jogo pelo jogo,
acho que é pacífico dizer que ganhamos sem brilho mas temos que levar em linha
de conta várias situações. Desde logo, a forma de jogar do Tondela: o mister
Sérgio falou em futebol direto e bolas longas no avançado, a isto eu chamo ‘jogar
à distrital’ e ao Porto custou adaptar-se a este futebol, até porque o nosso
futebol este ano caracteriza-se por pressão altíssima mas como podíamos
pressionar alto se a bola não parava no setor defensivo do Tondela? Era sempre
chutão na frente!
O Porto chegou a pecar neste aspeto: entrou no jogo deles e respondeu
muitas vezes ao futebol direto do adversário com muitas bolas igualmente diretas
para Aboubakar e Marega, mas sempre que tentamos sair rápido para o ataque com
rápidas variações de flanco, vamos chamá-las de basculações, criamos sempre
perigo e foi assim que chegamos ao golo no qual temos que destacar a assistência primorosa de Telles!
Desta vez tenho uma frase que foi dita no final do jogo
quando se falava do aproveitamento do Aboubakar: “se ele falhar muitos golos mas golearmos por 4-0 e quando não faturarmos
ele marcar o golo da vitória, para mim está perfeito…”.
Era preciso o segundo golo para evitar qualquer balde de
água fria e estivemos perto, principalmente na bola ao poste do Vincent. O
Tondela já tinha colocado mais um avançado agressivo na disputa da bola como é
Tomané e perante os nossos defesas (leia-se Felipe) que caem na armadilha da
falta fácil, ganhou vários livres perto da área que podiam causar alguns
calafrios. Engraçado que se calhar o maior calafrio foi provocado por aquela
jogada típica de futebol de praia entre Iker e Felipe…
Nota para as 3 alterações do mister Sérgio, todas de tração
atrás. Gosto do pragmatismo, chega a uma altura do jogo que mais vale meter as
trancas na porta e não esticar demasiado a equipa mas fico com a sensação que
Óliver sai demasiado cedo do terreno de jogo e aí perdemos o cérebro (eu sei que Herrera ter entrado não ajuda, mas mesmo assim...).
Foram mais dois pontos... em relação ao ano passado! Venham os próximos, venha mais um Mar cheio azul!
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