Até quando?
A pergunta não é retórica. Tem resposta e é um «até quando for preciso». Vamos ter isto até que FCPorto e Sporting estejam a uma distância considerada segura. Nessa altura vão dar-nos umas migalhas para distrair do facto de que este é já um campeonato com um prejuízo, que apenas tem precedentes no tempo da tv a preto e branco, dos favores ao regime e das fábulas calaboteanas. A diferença é que agora todos podemos ver e sentir vergonha deste estado de coisas no futebol português. Está à vista de todos e é até assumido por todos os especialistas que têm o mínimo de decoro. Mas poderão reparar que, nunca como hoje em dia, o erro faz parte do jogo... E assim a política de encobrimento continua. Basta ver como mudaram os critérios de mão na bola e bola na mão, em apenas meia dúzia de dias. Costuma-se dizer que temos de jogar o suficiente para nos acautelarmos de erros de arbitragem. Isto até faria sentido se fosse exigido a todos. O problema é que parece que apenas o FCPorto tem que lidar com este «carácter humano» da arbitragem e hoje tivemos mais um episódio do claro e consecutivo prejuízo que acumulámos.
Mas a arbitragem não foi o único ponto negativo da noite de hoje. Tirando as três primeiras jogadas de Brahimi no jogo, a primeira parte do jogo foi do pior que vimos ao FCPorto em muitos jogos. Muito nervosismo e aí valeu Casillas. Bastou termos um adversário bem organizado para termos demonstrado uma preocupente falta de capacidade de improviso e uma irritante repetição de erros e uma insistência em caminhos que estavam vedados. Se nos fecham as alas, jogamos dentro do bloco. Se nos tiram espaço dentro do bloco, jogamos com a profundidade e com a mobilidade dos nossos avançados. Pelo menos variem! O que não podemos é ter soluções repetitivas e que esbarram consecutivamente em zonas de superioridade numérica do adversário e que resultaram quase sempre em saídas rápidas para o contra ataque. Não sei o que Nuno disse ao intervalo mas o FCPorto, com os mesmos intérpretes, fez muito melhor na segunda parte. Não fosse a irritante tendência para o erro do árbitro e o muito nervosismo dos jogadores do FCPorto ao longo do jogo, e o resultado tinha-se resolvido ainda mais cedo. Sem ter sido um grande jogo ao nível técnico, foi uma segunda parte em que demonstrámos uma intensidade e uma garra que só nos podem encher de orgulho. Como Nuno disse e bem, demonstrámos carácter! Mas que sirva de lição. Tal como os erros de arbitragem, dar partes do jogo ao adversário, tem-nos castigado consecutivamente e teremos que ser mais proactivos e menos reactivos quando 'espicaçados' pela adversidade.
Individualmente, num jogo em que imperou a garra, Maxi destaca-se sempre. Nestes jogos, jogadores como este, empolgam a equipa e as bancadas. Além disso, apesar de o melhor cruzamento do jogo ser de Alex Telles, Maxi este muito bem ao nível do cruzamento. Contei pelo menos 6. Se grande parte da equipa jogou mais 'com o coração', Oliver é o jogador que imprime mais 'cérebro' ao nosso jogo. É dele o passe para Danilo no segundo golo, é dele a aceleração de jogo que resulta no primeiro golo, é dele o passe para a cabeçada de André Silva que resultou na segunda melhor defesa da noite. A melhor esteve do outro lado e foi protagonizada pelo meu último destaque positivo, Casillas. Grandes defesas que mantiveram o FCPorto no jogo, nos nossos piores momentos. Destaque positivo para Marcano, Brahimi e Danilo. Pela negativa, Jota e André Silva poderiam ter tentado participar mais no jogo na primeira parte. Felipe tem uma grande cavalgada na segunda parte que faz esquecer o duplo erro no golo do Chaves e o nervosismo em geral.
O mês de Novembro trouxe a depressão e o mês de Dezembro pôs-nos na luta outra vez. Em Janeiro é para continuar!
Comentários
continuem a ladrar que não adianta!!!! a realidade não se vai alterar...
RUMO AO 36º!!!!!!
Assinem a nossa petição:
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