O Porto nunca se rende!
Finalmente estas frases deixaram de ser balelas e tivemos
direito a algo que já não víamos há muito no nosso Porto! Grande noite europeia,
depois de um resultado adverso na primeira mão, frente a uma equipa muito forte
de um dos campeonatos europeus mais relevante, pese o deserto que o calcio atravessa agora! Mas investir
mais de € 100M na equipa não é para todos…
Começamos com o 11 expetável para o jogo no Dragão e a
assumir completamente o jogo, nem seria de esperar outra coisa mas depois dos
jogos com o Villareal e Roma no Dragão em que jogamos na expetativa, e depois
dos traumas infligidos por Lopetegui (em Londres, contra o Chelsea, em que
jogamos sem avançado quando precisávamos de ganhar) ou Peseiro (em Dortmund,
que foi claramente para não perder a eliminatória na Alemanha) ninguém sabia ao
certo o que esperar do Porto. Refletido até nas casas de apostas que davam
apenas 25% de probabilidades do nosso clube ganhar no Olímpico!
A entrada forte e a felicidade de marcarmos no início
(Felipe já andava a ameaçar marcar um golo na baliza certa há alguns jogos)
trouxe tranquilidade e principalmente confiança à equipa. E quando começávamos
a ceder alguns metros perigosos à Roma, recuando bastante no terreno, e até já esperávamos
que na segunda parte estivéssemos completamente metidos no ferrolho, De Rossi
fez questão de nos facilitar a vida e não fosse o remate de Herrera no último
lance da primeira parte sair ligeiramente ao lado e já não era preciso que
Emerson também quisesse partir a perna a Corona (curioso que quem acabou por
partir alguma coisa a alguém foi Corona a quebrar os rins a Manolas)!
Contra 9 devíamos ter controlado melhor o jogo e não dar azo
a tantas investidas adversárias, principalmente com faltas estúpidas perto da área
mas o jogo e a pressão no resultado era enorme e com uma equipa jovem como a
nossa não se podia exigir muito mais.
O que podíamos exigir a Sérgio Oliveira é que entrasse em
campo com clarividência: não soltar a bola, levar um amarelo estúpido passado 30 segundos e
um remate estúpido num livre direto. Totalmente o oposto da entrada de Layun.
Destaque para a defesa de Casillas logo no primeiro minuto e
uma outra de recurso com os pés; para Felipe, imperial nas alturas e ainda por
cima com um golo decisivo na baliza certa; André André e Otávio, essenciais a
segurar a bola e a permitir que a equipa continuasse bem subida e compacta; Layún
pela forma como entrou e, mais uma vez, a trabalhar para estatísticas com mais
um golo; e Corona, a culminar a exibição com um belo golo!
Notas do apuramento:
- 21ª aparição na Champions, ao lado de Real e Barça!
- Apesar de precisarmos de reforços noutras posições: bienvenido Oliver!
Comentários
Grande controlo e gestão da vantagem após o golo e a primeira expulsão.
Péssimos 20 minutos entre a segunda expulsão e o 2-0. A mostrar o quão verde é esta equipa.
Importante agora não embandeirar em arco.
Com a champions, cheira-me que vêm aí 3 ou 4 reforços.
Que sejam mesmo 'reforços' e não 'contratações', e que sirvam para acrescentar ao que está a ser construído e não para desestabilizar essa construção.
Domingo é para entrar com a mesma atitude.
Prata, nota-se quando não és tu a escrever... ;) Mas fica o pedido para continuares a rasgar no Felipe... ;)