FCPorto 2014/2015 - Rescaldo - O melhor plantel de sempre
Calma! Esta história do melhor plantel de sempre, é uma treta para valorizar o Bi... Óbvio que não é, quer pelos resultados, quer pelos desempenhos. Poderá ser o mais caro e nem isso é certo, visto que este ano não se gastou tanto em prémios e tivemos várias contratações por empréstimo. O futebol é o terreno ideal para que uma ideia repetida muitas vezes, se transforme em verdade absoluta. Ninguém se dá ao trabalho de confirmar... Nem vale a pena, porque as notícias infundadas dão capas e os desmentidos dão notas de rodapé. 'Come' quem quer...
Este era um plantel rico em soluções de qualidade. Havia um mínimo de duas soluções para todas as posições e, na única em que não havia, inventou-se uma grande solução que foi Ruben Neves. Adicionalmente, fizemos o esforço adicional para manter Jackson mais um ano. No entanto, no inicio da temporada, apontava dois defeitos grandes à sua composição. Por um lado, a média de idades aliada à ausência de referências do clube no plantel, como um capitão carismático. Jackson é um optimo jogador mas não tem carisma de líder. Mas, o que me fez mais confusão foi a estratégia de acolher três jogadores emprestados. E todos a titulares! Ainda bem que conseguimos ter Tello por dois anos, caso contrário, tínhamos uma mudança garantida de 5 titulares no final da época. Assim temos quatro o que já traz uma carga de problemas para Lopetegui. Era até contraditório. Um plantel jovem é para desenvolver e não para esgotar num ano. Ainda assim, esta análise é de temporada e, não sendo o melhor plantel de sempre, era muito bom e equilibrado.
De uma forma geral a resposta do plantel foi boa. A implementação das ideias do treinador foi gradual e sem grandes resistências. Há no entanto, 'tops e flops'. Esquematizando:
Melhores jogadores:
1º - Jackson - Talvez o 9 mais completo que alguma vez tivemos. A este nível só Gomes. Dado o esquema de Lopetegui era o jogador mais importante do esquema porque liderava a pressão e simultâneamente jogava em apoio e chegava à área para finalizar. Para isso, tinha de correr, lutar, correr, finalizar, correr... Será muito difícil de substituir e recomendo um modelo menos exigente para a posição 9. Caso contrário um jogador promissor como Aboubakar vai-se transformar num Adrian...
2º - Danilo - Já foi patinho feio por causa do preço. Custou, mas lá conseguiu chegar ao nível que se esperava. Mal o conseguiu, os tubarões não hesitaram em contratá-lo. Tem qualidade para outros voos e também vai deixar saudades.
3º - Oliver - Engana. Quem o vê entrar em campo pela primeira vez,
antecipa um jogador eminentemente técnico e de bola no pé. Oliver é
isso e, para compôr, luta, pressiona, promove o contacto, passa curto,
passa longo, enfim... Faz-me duvidar das minhas ideias pré-concebidas sobre esta estratégia valorizar activos alheios. Valeu a pena mudar o nosso paradigma de gestão de planteis para ter Oliver, nem que fosse por uma época? Valeu!
4º - Casemiro - É talvez o jogador que mais evouliu ao longo da época. Início tremido numa adaptação à posição de pivot único. Assim que ele acertou, a equipa passou a demonstrar a segurança que faltou no início. Sai muito melhor jogador do que quando entrou e ainda bem que conseguimos algum encaixe com este negócio. Merecemos pelo trabalho de Lopetegui com este jogador.
4º - Casemiro - É talvez o jogador que mais evouliu ao longo da época. Início tremido numa adaptação à posição de pivot único. Assim que ele acertou, a equipa passou a demonstrar a segurança que faltou no início. Sai muito melhor jogador do que quando entrou e ainda bem que conseguimos algum encaixe com este negócio. Merecemos pelo trabalho de Lopetegui com este jogador.
5º - Brahimi - Esta é polémica... Mas acho que o problema é semelhante ao do Danilo: são as expectativas. Brahimi entrou tão bem que criou a ilusão de que seria sempre assim. Após quatro jogos já podíamos fazer uma compilação para pôr no youtube que deixaria qualquer clube interessado em segui-lo. Mas esquecêmo-nos que foi a sua primeira época no FCPorto. Não conseguiu manter o nivel máximo e esse é o desafio para a próxima época. No entanto, o nível da segunda metade da época é bastante bom e mais que suficiente para ser titular neste FCPorto e no dos anos anteriores. É o segundo melhor marcador da equipa, um dos melhores assistentes e o maior desequilibrador em lances de um para um.
Flops:
1º - Adrian - Que dizer? Quando a contratação mais cara é dos menos utilizados do plantel, está tudo dito. O pior é que me parece que Lopetegui não tem lugar, no seu esquema preferido, para um jogador com estas características. Faz-me pensar que não foi uma indicação do treinador, o que agrava ainda mais a péssima decisão de investimento neste jogador.
2º - Quintero - No post anterior referi que o modelo de jogo de Lopetegui não o favorece. Concordo que quando um jogador que consegue fazer com a bola o que Quintero faz, tem de ser o treinador a arranjar uma maneira de o pôr a jogar e não o contrário. Ainda assim, acho que Quintero podia fazer mais. Se não consegue convencer o treinador a mudar o esquema por sua causa, a estratégia seguinte é convencer os adeptos. E só o fará se conseguir deixar a sua marca, em todas as oportunidades que tem. Quintero não o fez este ano. Por isso, divido a responsabilidade deste flop entre treinador e jogador.
3º - Fabiano - Corriam rumores de que Lopetegui não gostou da primeira impressão que teve de Fabiano e que esse foi o motivo para a contratação de Andres Fernandez. A verdade é que Lopetegui lhe deu todas as condições para ter confiança. O problema é que Fabiano acumulou erros decisivos no Estoril, em casa com o Benfica, em Munique, etc. Pior. Lembram-se de algum jogo este ano em que possamos dizer que teve uma exibição portentosa? Talvez o titular que apresentou um nível mais mediano durante a época.
4º - Hernâni - Para tê-lo estragámos a época de Ivo Rodrigues e emprestámos mais dois jogadores ao Vitória de Guimarães. Valeu a pena? Acho que não. Pelo menos nesta época. Parece só ter um truque na manga: a estonteante velocidade que confunde os adversários e o seu próprio controlo dos lances. Acho que chegou demasiado cedo e que foi apenas mais uma solução para os convocados e para os últimos minutos da partida.
5º - Herrera - Deixo sempre os mais polémicos para o fim da lista. Herrera fez coisas muito boas este ano. Pulmão incrível, chegada à área, golos e assistências. Aqui apenas critíco a inconstância. E é fácil encontrá-la numa análise global de uma época ou até num só jogo. Estes jogadores capazes do melhor e do pior transmitem sempre a esperança de que, algum dia, se transformam em jogadores consistentes. Nesse aspecto julgo que Herrera já podía estar mais evoluído e começa a ser arriscado ter um jogador imprevisível em campo, quando temos alternativas que jogam bem consistentemente como Evandro, Ruben Neves, sem contar com os reforços da próxima época já conhecidos.
Menções honrosas:
- Quaresma e Tello - O primeiro mais consistente e maduro e o segundo mais decisivo porque apresentou o seu nível mais elevado na altura em que mais precisávamos. E ninguém me conseguirá tirar a ideia de que tudo seria diferente se ele não tem perdido os ultimos dois meses da temporada. Um plantel que tem estes dois e Brahimi é um plantel que deixa qualquer treinador descansado quanto à criação de jogo nas alas, quer pela versatilidade, quer pela qualidade.
- Centrais - Podemos não ter nenhum super-talento. Para mim o que se aproxima mais dos centrais de qualidade que vemos na Europa, é Martins Indi. Mas é bom ter três opções que pegam na titularidade sem causar calafrios nas bancadas.
- Ruben Neves - A evolução deste menino enche-nos de orgulho e faz-nos sonhar com um FCPorto que possa conciliar a exigência que temos na composição do nosso onze, com o portismo e o sentimento de clube.
Menções não muito honrosas
Menções honrosas:
- Quaresma e Tello - O primeiro mais consistente e maduro e o segundo mais decisivo porque apresentou o seu nível mais elevado na altura em que mais precisávamos. E ninguém me conseguirá tirar a ideia de que tudo seria diferente se ele não tem perdido os ultimos dois meses da temporada. Um plantel que tem estes dois e Brahimi é um plantel que deixa qualquer treinador descansado quanto à criação de jogo nas alas, quer pela versatilidade, quer pela qualidade.
- Centrais - Podemos não ter nenhum super-talento. Para mim o que se aproxima mais dos centrais de qualidade que vemos na Europa, é Martins Indi. Mas é bom ter três opções que pegam na titularidade sem causar calafrios nas bancadas.
- Ruben Neves - A evolução deste menino enche-nos de orgulho e faz-nos sonhar com um FCPorto que possa conciliar a exigência que temos na composição do nosso onze, com o portismo e o sentimento de clube.
Menções não muito honrosas
- Alex Sandro - Não é pelo rendimento que é, de uma forma geral, bom. Apenas bom. O problema é que parece que o Alex se conformou e que não evoluiu nada, de há dois anos a esta parte. Parece limitativo para tamanho talento. Poderá olhar para o exemplo de Danilo e perceber que será fácil dar o salto se apresentar rendimento para tal. Espero que não esteja a pensar dar o salto em final de contrato. Que perceba que o estatuto de quem entra contratado num dos grande da Europa é muito diferente em relação aos que entram por virem sem contrato. A regra geral é: titulares compram-se, jogadores sem contrato servem para compôr o plantel.
- Reyes - Não é flop porque a expectativa era pouca. Mais um ano perdido de outro investimento caríssimo que fizemos.
Encerro aqui a análise à época. Foi frustrante, dolorosa mas não foi uma calamidade, como alguns portistas pensam e, sobretudo, como a inprensa que nos é adversa pretende vender. Deixo uma serie de ideias para memória futura e para que se responda a esse tipo de raciocínios simplistas e resultadistas:
- Esta época voltámos a estar entre os oito melhores da Europa, vários anos depois;
- Esta foi a época em que ficámos a apenas três pontos do adversário principal;
- Esta foi a época do Paulo Batista em Guimarães e das nomeações cirurgicas do trio de ataque Capela, Xistra e Paixão;
- Esta foi a época em que voltaram as expulsões por palavras;
- Foi a época em que tivemos dois jogadores expulsos na primeira parte em pleno Dragão;
- Foi a época do dilúvio bíblico no Dragão que nos impediu de ganhar ao Boavista;
- Foi o ano em que empatámos um jogo por causa de um penalti sofrido e concretizado por um jogador emprestado pelo FCporto;
- Foi a época em que, entre os Grandes, perder pontos com o Belenenses só poderia acontecer a FCPorto e Sporting;
- Foi a época em que perdemos Jackson, Tello, Oliver e Brahimi, cada um por dois meses e em alturas diferentes;
- Foi a época em que jogámos na Luz 4 dias depois de ser goleados em Munique;
- Foi o ano em que um adversário rasgou um contrato e foi recompensado com um dos melhores jogadores do campeonato, sem custos, por um ano.
- Reyes - Não é flop porque a expectativa era pouca. Mais um ano perdido de outro investimento caríssimo que fizemos.
Encerro aqui a análise à época. Foi frustrante, dolorosa mas não foi uma calamidade, como alguns portistas pensam e, sobretudo, como a inprensa que nos é adversa pretende vender. Deixo uma serie de ideias para memória futura e para que se responda a esse tipo de raciocínios simplistas e resultadistas:
- Esta época voltámos a estar entre os oito melhores da Europa, vários anos depois;
- Esta foi a época em que ficámos a apenas três pontos do adversário principal;
- Esta foi a época do Paulo Batista em Guimarães e das nomeações cirurgicas do trio de ataque Capela, Xistra e Paixão;
- Esta foi a época em que voltaram as expulsões por palavras;
- Foi a época em que tivemos dois jogadores expulsos na primeira parte em pleno Dragão;
- Foi a época do dilúvio bíblico no Dragão que nos impediu de ganhar ao Boavista;
- Foi o ano em que empatámos um jogo por causa de um penalti sofrido e concretizado por um jogador emprestado pelo FCporto;
- Foi a época em que, entre os Grandes, perder pontos com o Belenenses só poderia acontecer a FCPorto e Sporting;
- Foi a época em que perdemos Jackson, Tello, Oliver e Brahimi, cada um por dois meses e em alturas diferentes;
- Foi a época em que jogámos na Luz 4 dias depois de ser goleados em Munique;
- Foi o ano em que um adversário rasgou um contrato e foi recompensado com um dos melhores jogadores do campeonato, sem custos, por um ano.
Se me contento com estes argumentos de perdedor? Obviamente que não! Mas ajuda-me a concluir que nem tudo está mal e que uma estabilidade de rumo será muito mais frutuosa do que nova revolução e mudança táctica.
Comentários
Abraço Azul e Branco,
Jorge Vassalo | Porto Universal
Que os outros háo-de sempre diminuir as nossas vitórias e amplificar as deles, já faz parte das nossas existências.
Que nunca poderemos pensar que eles se habituaram a ver-nos ganhar sem fazer tudo para que isso acabe, ainda menos.
Mas a nossa grande força - a competência - tem que existir e renovar-se a cada época. E isso não tem acontecido na medida suficiente para nos permitir ganhar mesmo contra as arbitragens manhosas.
Muito vai mal no Reino do Dragão, teremos de continuar vigilantes. É o que nos resta por agora.
Saudações Portistas,
http://doportocomamor.blogspot.pt/
quanto ao resto da analise assino por baixo
Saudações portistas
Paulo Almeida
Acho que no geral está mt completo o post, mas já chegou o contraditório: Herrera, jogador do ano, Dragão de Ouro!!!
Fdsss o quê? é impressionante! Eu sei que embirrei com ele, mas ainda não mostrou nada que me faça mudar de opinião!
Abraço
Taqui
O Benfas já lhe tirou o melhor rendimento durante 8 anos e vamos agora nós pagar muito mais, por um rendimento que irá gradualmente cair ao longo de 4 anos. Tá tudo maluco??
Já para não dizer que é o Maxi Pereira...
Ohhh!
Agora, nova época desportiva, nova vida! Sigaa FC do Porto!