Que curioso... não são imbatíveis!

Grande projecção, nunca uma equipa tinha terminado uma fase regular só com vitórias: 30 jogos, 30 vitórias! LFV e Rui Costa vão ao pavilhão à 30ª jornada e logo contra o Porto. Fantástico!

Primeiro jogo dos play-off, vitória contra o Porto, 31 jogos igual a 31 vitórias. São imbatíveis, vai ser só com vitórias até ao final, valha ao menos o basquetebol. Já se ouve o cântico mais infundado do país “Ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Ben...”

Oooops, parou! O Porto com uma época penosa (17v/13d) foi a Lisboa quebrar a invencibilidade. Podia ser a Ovarense, a Física, o Vitória, qualquer um, mas não, tinha que ser o Porto... já começa a ser demais... e quando é que foi? Foi no Domingo depois do Benfica ter perdido contra o Nacional e antes do Porto ter ganho ao Marítimo e ficar a 3 pontos do título. É claro que as más-línguas disseram logo que o Benfica nunca esteve a tão poucos pontos do Porto – 54-58 – só a 4...


Tudo isto para dizer que o basquetebol surgiu no FC Porto em meados dos anos 20, cerca de uma década após a introdução da modalidade em Portugal. O FC Porto foi um dos grandes impulsionadores da modalidade em Portugal, contribuindo, a par do Académico e do Fluvial, para fazer do Porto a capital do basquetebol português. A Federação Portuguesa de Basquetebol (em 1927) é fundada na Invicta e é aqui que se disputa o primeiro jogo internacional da modalidade - Portugal x França, em 1931, no Estádio do Lima (Portugal perdeu por 34 x 9). No início da década de 70 o FC Porto contrata aquele que é considerado o melhor de todos os basquetebolistas que já actuaram em Portugal: Dale Dover, estrela do basquetebol universitário norte-americano pela universidade de Harvard. No final da mesma década, o treinador Jorge Araújo e o então director Matos Pacheco foram os grandes responsáveis pela profissionalização do basquetebol portista. Desde então, o FC Porto somou vários títulos nacionais, tendo passado pelas suas fileiras jogadores como Jared Miller.



E porque queremos falar do desporto-rei, uma curiosidade contada por Carlos Bilardo:


“Durante um estágio, era eu treinador do Estudiantes, enquanto via um jogo na televisão ouvi alguns dos meus jogadores que estavam noutro quarto a gritar gooooolo como loucos! Fui a correr a pensar que outro jogo poderia estar a dar na televisão, mas quando me abriram a porta fiquei incrédulo quando vi que estavam a jogar PlayStation enquanto se disputava um jogo do nosso campeonato. Para cúmulo, Marcelo Carrusca distraiu-se quando entrei no quarto e enquanto me olhava marcaram-lhe um golo. ‘Ai, ai, Marcelo, no campo também é a mesma coisa!’, disse-lhe”

Comentários

prata disse…
Não sigo propriamente nenhuma modalidade do FCPorto que não o futebol. Aliás o futebol por entre blogs, presenças no estádio ou fora já me leva muito tempo... Mas era obra que eliminássemos o Benfica em Basket logo num ano em que tem claramente melhor equipa. Acho difícil, mas... Esse jogo vou tentar ver.
prata disse…
Já agora, esta imagem não é montagem? Será mesmo verdade que o Luís Filipe se esqueceu da responsabilidade do cargo que ocupa e acenou com um cachecol que diz «Porto é merda»? Está tudo doido.
Lamas disse…
Muito Bom!!! A última vez que fui ver o Basket do FCP foi com o Pis e em Matosinhos, com bilhetes arranjados pela namorada do Paulo Cunha... penso que perdemos contra a Ovarense...

Lembro-me quando era puto também ter ido ao Pavilhão Américo Sá ver um FCP vs Benfica... o pavilhão estava cheio e perdemos 86-84... lembro-me que o Porto tinha dois irmãos de barba, um com o número 4 e outro com o 8... mas o Benfica tinha o Carlos Lisboa... conheci depois este senhor num campo de férias de putos no Académico FC do Porto em Costa Cabral... ele foi lá fazer uma demonstração... nesse campo de féias ganhei o prémio de jogador que mais evoluiu (tal como o Prata na MAFATE)...

Por fim, eliminar essa equipa, mesmo que fosse ao berlinde, tem sempre um gosto especial... :)